Não é por acaso que hoje a seita de extrema-direita reafirma seu desejo para a eleição de um novo “João Paulo II” para substituir Jorge Bergoglio. Karol Wojtyła, esse verdadeiro agente da CIA, usou seu pontificado para desestabilizar governos mundo afora. O caso mais famoso se deu na Polônia, sua terra natal, logo após assumir a cadeira de Sumo-Pontífice do Vaticano, em 1978.
Já no início de seu papado, João Paulo II recebeu agentes da CIA pelo menos 15 vezes no Vaticano (“João Paulo II: os anos de terror na Igreja”, Revista IHU online, 24 junho 2017), e colaborou ativamente com os serviços secretos do Ocidente para desestabilizar os países do Leste Europeu.
Ludo Martens exprimiu bem o caráter do pontificado de Wojtyla: “a religião católica, versão João Paulo II, [era a] verdadeira doutrina da apologia do imperialismo, ostentada como valor universal” (Ludo Martes, A URSS e a Contra-Revolução de Veludo, Editions EPO, Bruxelas, 1991; p. 261)
A proximidade entre João Paulo II e Lech Walesa, legítimo representante das multinacionais na Polônia, e seu “sindicato” Solidarność (Solidariedade), possibilitou uma intensa troca de informações entre o pontífice e os agentes do serviço secreto estadunidenses.
A extrema-direita americana está ciente do poder de desestabilização que um sumo-pontífice pode promover, por essa razão, Donald Trump, junto aos católicos ultraconservadores e tradicionalistas, aliados de JD Vance, colocou o conclave como seu próximo grande objetivo político (coluna de Jamil Chade no UOL).
Trump anunciou a escolha de Brian Burch como o embaixador dos EUA na Santa Sé.
Burch é um histórico opositor de Bergoglio, tudo leva a crer que, no que diz respeito aos assuntos internos da Santa-Sé, a extrema-direita americana atuará fortemente em nome de um representante seu à frente da instituição.
Os fascistas não defendem o nome de João Paulo II por simpatia, ou carisma, mas fundamentalmente por profunda afinidade política contra os interesses dos povos livres do mundo.
Fiquemos de olho!
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Foto: Karol Wojtyła e Lech Walesa em 1990, logo após Walesa ter se tornado o primeiro presidente da Polônia pós-soviética.