Trump, Estados Unidos e a profecia de Kissinger
Trump demonstra que é urgente avançar em alternativas à hegemonia americana. A História ensina que estar próximo dos EUA sempre teve um custo muito alto.
No final de 1968, Henry Kissinger caminhava para ser o homem forte das relações exteriores dos Estados Unidos, no mandato do recém-eleito Richard Nixon. Ele relatou a William Buckley Jr ter alertado o novo presidente sobre o Vietnã, dizendo que “se Thieu encontrasse o mesmo destino de Diem, a palavra que será espalhada para as nações do mundo é que pode ser perigoso ser inimigo da América, mas ser amigo da América é fatal”.
Na ocasião, Kissinger não lançava mão de um aforismo cínico: ele fazia uma profecia tenebrosa sobre o futuro americano, vaticinando que Nixon não poderia permitir a queda do novo presidente sul-vietnamita – e seu aliado na Guerra do Vietnã – Nguyen Van Thieu. Anos antes, John Kennedy tinha abandonado à própria sorte o presidente Ngo Dinh Diem, literalmente deixado para morrer por Washington durante um golpe militar sangrento.
Kissinger considerava que seu país tinha de manter os compromissos com seus aliados, sob pena de parecer um amigo desleal. Seis anos depois desse alerta, o mesmo Thieu partiu em fuga desesperada, denunciando a traição americana, meses antes da queda de Saigon para os comunistas. O “se” da profecia foi confirmado, portanto não é de se estranhar que ela seja relatada como uma afirmação, já que a História e o erro lhe amputaram a condicionante.
@austra_lopiteco
operamundi.uol.com.br/opiniao/…
Altbot
in reply to Austra lo Piteco • • •Aqui está uma descrição do texto alternativo para a imagem:
A imagem mostra Donald Trump sentado em uma cadeira em um escritório. Ele está vestindo um terno azul escuro com uma camisa branca e uma gravata azul clara. Ele está olhando para a câmera com uma expressão séria. Ao fundo, há uma bandeira, prateleiras com troféus e uma mesa com alguns objetos.
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