Uma página inteira da edição de 13 de fevereiro de The New York Times é ocupada por um anúncio em que se lê em grandes caracteres “Trump pediu a remoção de todos os palestinos de Gaza. O povo judeu diz NÃO à limpeza étnica!” O anúncio é seguido por mais de 350 nomes de rabinos e de celebridades judias americanas.
Esta posição pública ostensivamente contra o plano de Trump levar os Estados Unidos a assumirem o controlo da Faixa de Gaza depois de expulsar os seus residentes palestinianos para os países vizinhos já tinha sido formulada durante esta semana pelas duas maiores denominações judaicas americanas, os movimentos reformista e conservador. A Assembleia Rabínica, que representa o movimento conservador, classificou o plano do Presidente como “um anátema para os valores judaicos e para o direito internacional dos direitos humanos”. A União para o Judaísmo Reformista disse que esvaziar Gaza “não era uma ação estratégica nem moral aceitável”.
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Apesar disto, comenta o Religion News Service de dia 14 de fevereiro, “as organizações judaicas americanas do establishment emitiram posições neutras [sobre o plano de Trump], verdadeiras não-declarações. E várias das grandes instituições judaicas, que normalmente oferecem apoio incondicional a Israel, permaneceram silenciosas”.