IMPLOROU, MAS NÃO DEU
Na imagem, Fábio Escobar, ex-coordenador de campanha do ruralista Ronaldo Caiado ao governo de Goiás, implora por sua vida.
Não adiantou. Ele foi assassinado em junho de 2023. Por PMs disfarçados - membros daquela que Caiado chama de "a minha polícia".
Escobar tinha denunciado formação de Caixa Dois e desvio de dinheiro público na campanha de 2018, que elegeu o ruralista governador (ele foi reeleito em 2022). Segundo a Polícia Civil, o assessor foi assassinado por isso.
Para ocultar o crime, os PMs ainda executaram sete pessoas. Uma delas, Bruna Vitória, estava grávida de sete meses.
Dez policiais foram presos. Acusados de mando, dois políticos também, mas já estão soltos. Um deles, Cacai Toledo, era presidente do DEM de Goiás. Outro, Jorge Caiado, é primo do governador.
Segundo o pai de Escobar, a mensagem da foto foi lida pelo governador, que digitou alguma coisa, mas não mandou resposta. Caiado, natural de Anápolis, não é réu do processo. Sua mulher e sua filha também não. Mas todos são mencionados no processo. O resto é para ver se a Velhinha de Taubaté acredita.
A família de Escobar pede a federalização do caso. Não confia, óbvio, nas instâncias criminais goianas.
Ronaldo Caiado, do União, é apoiador, você sabe, do Bozo. Foi candidato a presidente em 1989 e sonha ser o candidato do bozismo em 2026. É um símbolo nacional do agronegócio e de suas pautas: armamento civil, combate aos direitos humanos, apoio à grilagem.
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