GOVERNO DA COVARDIA ATIVA E ALTIVA
Gilberto Maringoni
Enquanto Canadá, México, Venezuela, Colômbia, França e Alemanham reagem às ameaças contra sua soberania, o governo Lula verga a coluna sem dar um pio e propaga agir com grande sensatez. A competição agora é com os governos Dutra, Castelo e FHC para ver quem é mais sabujo.
SETOR DO AÇO E GOVERNO FECHAM ACORDO PARA NÃO RETALIAR EUA
Raquel Landim
As siderúrgicas brasileiras e técnicos do governo fecharam um acordo para não retaliar os Estados Unidos pelas sobretaxas impostas ao aço e buscar um acordo. Conforme apurou a coluna, a decisão foi tomada numa série de reuniões realizadas entre ontem e hoje e vai depender da evolução da retórica adotada pelo presidente americano Donald Trump.
O objetivo é deixar o assunto "decantar" e tentar restabelecer o acordo de cotas, que vigorou de 2018 até agora, por meio de contatos diplomáticos nos dois países e pela atuação do setor privado no Congresso americano.
"Não cabe bravata nessa hora. É preciso deixar a poeira abaixar", disse uma fonte à coluna. "Não tem ganho pragmático em um conflito. A decisão das sobretaxas foi tomada para todos os países do mundo".
Existe uma aposta de que os EUA vão acabar flexibilizando porque a balança comercial de todo o setor siderúrgico, incluindo carvão e produtos semiacabados, é superavitária para os americanos.
Os relatos das fontes envolvidas nas conversas coincidem com as declarações de ministros do governo ao longo do dia e com a nota pública divulgada pelo Instituto Aço Brasil.
Em declaração à imprensa, o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou que "o Brasil não estimula, nem entrará em guerra comercial contra sobre o aço". Já o Instituto Aço Brasil informou que " está confiante na abertura de diálogo entre os governos dos dois países, de forma a restabelecer o fluxo de produtos de aço para os Estados Unidos nas bases acordadas em 2018".
A situação, no entanto, ainda é delicada. Uma ala do governo, como o assessor para assuntos internacionais, Celso Amorim, defende que o Brasil tem que negociar, mas "não pode ser totalmente passivo". Trump também afirmou nesta quarta-feira que países como Brasil estão aumentando importações de produtos chineses e triangulando para os EUA —o que o setor nega.
@austra_lopiteco