Declaração de solidariedade do EFFL (Economic Freedom Fighters of Liberia) sobre a posição do AFRICOM relativamente ao Burkina Faso.
Saudações revolucionárias ao Presidente Ibrahim Traoré e ao Povo do Burkina Faso.
Os Combatentes da Liberdade Económica da Libéria (EFFL) estão em solidariedade intransigente com o Capitão Ibrahim Traoré, o Presidente e líder revolucionário do Burkina Faso, que se atreveu a fazer o que muitos temiam; retomando o que pertence por direito ao povo do Burkina Faso.
Rejeitamos categoricamente as acusações infundadas lançadas pelo AFRICOM, uma organização militar imperialista concebida para suprimir a África e levá-la a aceitar ferramentas neocoloniais em nome do apoio. A acusação de que o capitão Traoré está a utilizar as reservas de ouro do Burkina Faso para enriquecer é falsa e enganadora, e é assim que o Ocidente sempre influenciou a distorção de grandes líderes africanos ao longo da história. A acusação não tem por objetivo proteger a democracia ou a transparência, mas sim demonizar um dirigente pan-africano que escolheu corajosamente o seu povo em vez do lucro imperial.
A iniciativa do capitão Traoré de nacionalizar o sector do ouro do Burkina Faso não só é justa como é revolucionária. Para que a África possa progredir e evitar que o nosso povo morra diariamente no Mar Vermelho, temos de dar passos progressivos no sentido da industrialização e isso só é possível através da proteção dos nossos recursos.
A decisão do Presidente de defender os interesses do seu povo e do seu país tornou-se uma ameaça direta ao domínio parasitário das empresas estrangeiras e dos governos neocoloniais que, durante demasiado tempo, pilharam os recursos de África, enquanto o nosso povo vive na pobreza e na dependência.
Como Neo progressista em África, acreditamos firmemente que, ao proteger os nossos recursos naturais e ao industrializar África, podemos ajudar a Europa e os EUA reduzindo os riscos de migração com que se deparam atualmente devido às dificuldades em África. É do nosso interesse coletivo, como parceiros globais, permitir que a África avance com a independência económica e tal movimento não deve ser considerado por nenhuma organização ocidental como uma ameaça.
O EFFL deixa claro: o ouro, o petróleo, os diamantes, as florestas e as terras de África pertencem aos africanos. Nenhum governo, instituição ou empresa estrangeira tem qualquer direito moral de ditar a forma como os recursos africanos são utilizados. Denunciamos todas as formas de neocolonialismo, quer estejam camufladas em diplomacia, bases militares, empréstimos ou mentiras. É tempo de nos sentarmos à mesa para que África beneficie dos seus recursos naturais e não seja sujeita a uma exploração constante.
Apelamos a todas as nações africanas, a todos os revolucionários, a todos os jovens e a todos os movimentos do continente para que se ergam em unidade e declarem que:
"A era da exploração acabou. África deve ser dona de África".
Que este seja o momento em que os estados africanos se movam coletivamente para nacionalizar os seus recursos naturais, reorientar as suas economias para a autossuficiência e esmagar as correntes do controlo neocolonial de uma vez por todas.
Ao Capitão Traore, saudamos a sua coragem. A sua luta é a nossa luta. E a sua visão é a visão de uma África libertada.
Viva a Soberania Africana!
Viva o Controle dos Recursos!
Viva os Estados Unidos de África!
A revolução está chegando!
@austra_lopiteco
Não é por acaso que hoje a seita de extrema-direita reafirma seu desejo para a eleição de um novo “João Paulo II” para substituir Jorge Bergoglio. Karol Wojtyła, esse verdadeiro agente da CIA, usou seu pontificado para desestabilizar governos mundo afora. O caso mais famoso se deu na Polônia, sua terra natal, logo após assumir a cadeira de Sumo-Pontífice do Vaticano, em 1978.
Já no início de seu papado, João Paulo II recebeu agentes da CIA pelo menos 15 vezes no Vaticano (“João Paulo II: os anos de terror na Igreja”, Revista IHU online, 24 junho 2017), e colaborou ativamente com os serviços secretos do Ocidente para desestabilizar os países do Leste Europeu.
Ludo Martens exprimiu bem o caráter do pontificado de Wojtyla: “a religião católica, versão João Paulo II, [era a] verdadeira doutrina da apologia do imperialismo, ostentada como valor universal” (Ludo Martes, A URSS e a Contra-Revolução de Veludo, Editions EPO, Bruxelas, 1991; p. 261)
A proximidade entre João Paulo II e Lech Walesa, legítimo representante das multinacionais na Polônia, e seu “sindicato” Solidarność (Solidariedade), possibilitou uma intensa troca de informações entre o pontífice e os agentes do serviço secreto estadunidenses.
A extrema-direita americana está ciente do poder de desestabilização que um sumo-pontífice pode promover, por essa razão, Donald Trump, junto aos católicos ultraconservadores e tradicionalistas, aliados de JD Vance, colocou o conclave como seu próximo grande objetivo político (coluna de Jamil Chade no UOL).
Trump anunciou a escolha de Brian Burch como o embaixador dos EUA na Santa Sé.
Burch é um histórico opositor de Bergoglio, tudo leva a crer que, no que diz respeito aos assuntos internos da Santa-Sé, a extrema-direita americana atuará fortemente em nome de um representante seu à frente da instituição.
Os fascistas não defendem o nome de João Paulo II por simpatia, ou carisma, mas fundamentalmente por profunda afinidade política contra os interesses dos povos livres do mundo.
Fiquemos de olho!
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Foto: Karol Wojtyła e Lech Walesa em 1990, logo após Walesa ter se tornado o primeiro presidente da Polônia pós-soviética.
O General americano Michael Langley, chefe do Comando dos Estados Unidos para a África (AFRICOM), declarou no ultimo dia 3 de abril, em audiência no Senado dos EUA, que o Capitão Ibrahim Traoré, líder do governo revolucionário de Burkina Faso, está “desviando os recursos minerais do país para seu próprio benefício” (se referindo às jazidas de ouro do país).
O General americano também afirmou que “o presidente do Burkina Faso, Ibrahim Traoré, é uma ameaça ao seu povo."
Com tais declarações, o General Langley sinaliza que os EUA, ao lado da OTAN e da França, continuarão promovendo sucessivas tentativas de desestabilização do país para depor (ou assassinar) o Capitão Traoré e colocar fim ao governo revolucionário de Burkina Faso.
As declarações do general foram duramente rebatidas pelo Ministério das Relações Exteriores de Burkina Faso, que vê na fala do americano uma clara postura neocolonial, classificado suas declarações como "lamentáveis" e "gravemente imprecisas", definindo o General como um autêntico imperialista que planeja subjulgar o país e colocar fim ao desenvolvimento econômico de Burkina Faso (que está se industrializando rapidamente com a ajuda dos seus aliados em Pequim).
EUA, França, e seus cúmplices da Costa do Marfim, trabalham dia e noite para restituir Burkina Faso o status de colônia de exploração do Ocidente.
O Ministério das Relações Exteriores do país sublinhou os esforços em andamento para combater a corrupção, garantir transparência e distribuir equitativamente a riqueza nacional com seus cidadãos.
Também destacou as reformas em andamento em setores-chave como agricultura, saneamento, infraestrutura, educação, e saúde, afirmando que todas as receitas da mineração do país agora são canalizadas para os cofres do estado e submetidas a uma gestão transparente sob o orçamento nacional.
O governo também alertou Washington que as iniciativas do atual governo revolucionário, fizeram com que Burkina Faso modernizasse rapidamente suas forças armadas, tornando-as a força militar mais bem equipada da região do Sahel.
Além disso, o ministério informou que todo o equipamento militar de Burkina Faso foi adquirido em parcerias com China, Rússia e Turquia, nações com as quais o país aprofundou seus laços econômicos, e de defesa, nos últimos anos.
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Na declaração, o General americano Michael Langley também expressou “profunda preocupação com as alianças do país africano”, coincidentemente a fala do General aconteceu quando a Rússia e os países da Aliança dos Estados do Sahel (ASS, na sigla em inglês) - composta por Mali, Burkina Faso e Níger – oficializaram acordo para estabelecer uma parceria estratégica nas áreas de segurança, defesa, economia e diplomacia;
Além do fornecimento de armas, equipamentos avançados, e treinamento especial aos militares da Aliança.
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Após a última tentativa de golpe em Burkina Faso, que incluía planos de assassinato do Capitão Ibrahim Traoré, o governo do país emitiu ordens de prisão para vários membros do governo, incluindo militares de alta patente próximos ao presidente, como o Comandante Frédéric Ouédraogo e a Capitã Elysée Tassembedo.
Além de cidadãos envolvidos com os planos de desestabilização do país.
Neste momento, milhares de burkinabês marcham em Uagadugu, capital do país, em apoio ao governo revolucionário de Traoré.
Segundo o canal África Profunda ⊙, logo após a tentativa de golpe promovido pela França e pelo governo da Costa do Marfim, presidido por Alassane Ouattara, milhares de jovens do país passaram a dormir nas ruas com armas em punho fazendo vigília para proteger a vida do Capitão Traoré.
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O governo russo anunciou o envio de armamentos de ponta e militares de elite para Burkina Faso em apoio à Ibrahim Traoré, pois está claro que os EUA não medirão esforços para eliminá-lo.
Vale lembrar que desde a morte do Coronel Muamar Gadaffi, Vladimir Putin vem denunciando que os EUA enviam forças especiais para “neutralizar” seus desafetos na África, algo que os representantes de Moscou, e sua aliança histórica com os países do continente, não estão mais dispostos a deixar acontecer.
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O partido comunista da África do Sul, “Economic Freedom Fighters” (EFF), também lançou nota de apoio ao governo de Traoré no X (Twitter):
“Condenamos a interferência contínua do Ocidente nos assuntos das nações africanas e suas tentativas de controlar nossos recursos. A EFF apoia os esforços do Capitão Traoré para recuperar o ouro de Burkina Faso em benefício de seu povo e para resistir às pressões neocoloniais.”
A EFF descreveu as alegações dos EUA como parte de um padrão mais amplo de intromissão ocidental na governança africana, alertando que tais narrativas são elaboradas para deslegitimar líderes que rejeitam a dominação estrangeira.
Reafirmando seu apoio a Traoré, o partido também elogiou seu comprometimento em redirecionar as receitas nacionais do ouro para os objetivos de segurança nacional e desenvolvimento econômico do país.
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Uma luta histórica está se desenrolando no Sahel!
O povo de Burkina Faso envia um recado ao mundo! Não aceitarão mais interferências estrangeiras no país e lutarão até o último homem por sua libertação!
A revolução é agora! A REVOLUÇÃO ESTÁ ACONTECENDO!
O SOL VOLTA A BRILHAR NA ÁFRICA OCIDENTAL!
O Capitão Ibrahim Traoré representa, hoje, a tenacidade dos povos africanos em prol de sua total libertação!
Viva Burkina Faso!
Viva os trabalhadores de Burkina Faso!
Viva a revolução de Burkina Faso!
Vida longa ao grande camarada revolucionário, Capitão Ibrahim Traoré!
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Fontes:
westafricaweekly.com/suspected…
brasildefato.com.br/2025/04/04…
westafricaweekly.com/burkina-f…
westafricaweekly.com/suspected…
thezimbabwemail.com/world-news…
De Pyotr Malatesta:
"Estes Estados foram historicamente organizados em torno de economias de plantação, de meeiros e, mais tarde, de extração de recursos (carvão, madeira, petróleo). Estes sistemas nunca foram concebidos para construir economias locais equitativas e resistentes. Em vez disso, foram estruturados para extrair riqueza para uma classe dominante, muitas vezes proprietários ausentes, corporações ou elites políticas, deixando para trás instituições fracas, infra-estruturas deficientes e autonomia suprimida para as comunidades locais.
Muitos desses estados são hostis à organização dos trabalhadores (por exemplo, leis de "direito ao trabalho"), minando o poder de negociação dos trabalhadores e suprimindo os salários. Sem a força contrária da organização colectiva, o capital exerce um controlo unilateral sobre as remunerações, as condições de emprego e as políticas públicas - mantendo a pobreza como instrumento disciplinador.
A pobreza nestes estados não é o resultado da ineficiência do mercado ou de má sorte. É o resultado lógico de um sistema concebido para concentrar o controlo e suprimir o contra-poder. A pobreza não é um efeito secundário - é uma função da forma como as instituições económicas e políticas mantêm a desigualdade através da coerção, da exclusão e da negação da autonomia.
Os estados com as taxas de pobreza mais elevadas também têm histórias profundamente enraizadas de exploração racial - desde a escravatura a Jim Crow e ao encarceramento em massa. Estas estruturas nunca foram desmanteladas, apenas rebatizadas. A estratificação racial tem sido fundamental para manter uma força de trabalho barata, dividida e politicamente destituída de direitos, assegurando que a redistribuição ou a democratização da riqueza continuam fora de questão.
Estes Estados seguem normalmente políticas fiscais e de proteção social orientadas para a austeridade, com impostos baixos sobre os ricos e um investimento público mínimo. Ironicamente, muitos dependem fortemente da ajuda federal para sobreviver. Mas em vez de construir economias duradouras e controladas localmente, isto cria dependência sem autonomia, garantindo que as comunidades permaneçam estruturalmente desempoderadas."
BRAVO! É este o único líder com carácter na UE 🇪🇺⁉️ Parece que sim.
🇸🇰Robert Fico declarou que ninguém pode proibi-lo de viajar para Moscovo no dia 9 de maio🇷🇺
Assim respondeu o primeiro-ministro da Eslováquia às declarações da chefe da 'diplomacia' da UE, Kaja Kallas, que alertou que as viagens à Rússia para celebrar o 80º aniversário da vitória sobre o Nazismo "terão consequências":
"O aviso da Sra. Kallas é chantagem ou anúncio de que, quando voltar de Moscovo, serei punido? Não sei, mas sei que estamos em 2025, não em 1939.
Sra. Kallas, gostaria de lhe informar que sou o primeiro-ministro legítimo da Eslováquia, um país soberano. Ninguém pode me ditar onde posso ou não viajar. Irei a Moscovo prestar homenagem aos milhares de soldados do Exército Vermelho que morreram libertando a Eslováquia, assim como aos milhões de outras vítimas do terror nazi.
E recordo-lhes que sou um dos poucos na UE que fala constantemente sobre a necessidade de paz na Ucrânia, e não estou entre aqueles que defendem fervorosamente a continuação desta guerra sem sentido.
As palavras da senhora deputada Kallas são desrespeitosas e eu sou firmemente contra elas".
Onze anos atrás, em maio de 2014, a Polícia Militar do Estado de São Paulo fixou nos ônibus de Ribeirão Preto, no interior paulista, cartazes com “dicas de segurança” ilustrados com um desenho que mostrava uma mulher branca caminhando na rua, com um celular na mão, e um homem preto a espreitá-la maleficamente, escondido atrás de um poste.
Os cartazes eram um oferecimento da PM de São Paulo em parceria com a Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp).
Na época, o material foi alvo de denúncia de racismo institucional feita ao Ministério Público por representantes da Coordenação Nacional de Entidades Negras (Conen).
Os comerciantes e industriais de Ribeirão Preto fizeram como fazem, via de regra, os comerciantes e industriais associados de quaisquer paragens do Brasil, em qualquer tempo, quando a dobradinha entre o dinheiro e a farda revela a sua verdadeira face: lavaram as mãos, dizendo que não tinham responsabilidade pela feitura dos cartazes.
A PM de São Paulo classificou a denúncia como “equivocada e exagerada”, dizendo que a figura do assaltante não era um homem preto, mas apenas uma “silhueta”.
Em 2014, o governador de São Paulo era Geraldo Alckmin e o secretário de Segurança do Estado era Fernando Grella Vieira.
O caso foi parar na Justiça. Em 2015, quando Alckmin já tinha trocado Vieira na Secretária de Segurança por Alexandre de Moraes, a 1ª Vara da Fazenda de Ribeirão Preto obrigou a PM paulista a “não mais veicular a campanha publicitária com ladrão pintado com cor de pele negra”.
Procurada pela imprensa, a PM paulista disse que cumpriria a decisão judicial, que na verdade já tinha recolhido e destruído os cartazes quando houve o ingresso da ação, mas seguiu sustentando que o desenho mostrava apenas “um criminoso envolto nas sombras”.
Naquele ano, um 1º tenente da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar, a Rota, foi flagrado dizendo ser uma vergonha um policial militar do Estado de São Paulo não matar pelo menos 3 criminosos - silhuetas? - em 5 anos de serviço na rua. O áudio foi divulgado pelo site Ponte Jornalismo e chegou a levar o 1º tenente à prisão, mas só à prisão administrativa e só por algumas horas.
O nome do 1º tenente da Rota era Guilherme Muraro Derrite.
Guilherme Derrite é hoje, ele próprio, secretário de Segurança do Estado de São Paulo. Em dezembro do ano passado, organizações do movimento negro denunciaram Derrite e o governador Tarcísio de Freitas à OEA. O motivo? A escalada da violência policial no estado como expressão do racismo institucional nas corporações policiais paulistas.
Nos últimos dias, a PM de São Paulo executou um imigrante preto no Brás e, em São José do Rio Preto, um batalhão da PM de Tarcísio e Derrite promoveu um ritual supremacista que teve saudação nazista e até uma cruz em chamas, icônico sinal da Ku Klux Klan de que algum homem preto, mais um, estava com os dias contados.
Hugo Souza - Publicado no Come Ananás.
Matéria sobre os PMs fazendo cosplay de Kukluxklan
Milícias supremacistas avançam na PM-SP: abre.ai/mzjF
A má fé dessa galera é repugnante.
"O que essa postagem ignora eh que Brizola apresentou transições ao longo da vida política.
Inicialmente, se aliou ao trabalhismo que vigorava em 30: voltado à urgência social e cristão.
Na década de 40, o PTB assimilou uma expressiva influência da revolução cubana e do socialismo internacional.
Foi dessa época que surge a entrada de figuras como Darcy Ribeiro, que era do PCB.
Ali começava uma aproximação entre Trabalhistas e Marxistas.
Foi inclusive pela influência, nesse caso simbólica, da figura de Guevara que Brizola atuou na campanha da legalidade. Inclusive, quando integrou à MNR recebeu apoio do governo cubano para atuar com a guerrilha do Caparaó. Apoio esse que o governo cubano depois retirou para apoiar a guerrilha de Mariguela.
Sobre o Integralismo: boa parte dos textos de Plínio Salgado atacando os bancos e o capital ocioso são tão parecidos com discursos presentes na esquerda, que a maioria facilmente simpatizaria. Não à toa, figuras como Abdias Nascimento (fundador do primeiro teatro voltado para a cultura afro-brasileira) e Vinícius de Moraes foram integralistas.
O que não aconteceria hoje por conta do legado da segunda guerra e nossa divergência ao fascismo.
Ou seja, lhe falta contexto histórico.
E sobre a fala dos comunistas: você já ouviu o que Lula disse sobre comunistas no programa vox populi da TV Cultura???
Em resumo: uma postagem desonesta, que visa criar uma associação falaciosa sobre Brizola sem contexto histórico e sem leitura subjetiva.
Mais uma página do setor linha dura do PT fazendo o que fazem desde os anos 90: atacar líderes populares pra esconder sua principal falha: a incapacidade de construir uma cultura política.
Se são tão preocupados com a popularidade do Comunismo no Brasil, por que exigiram que Flávio Dino saísse do PCdoB do Maranhão, enfraquecendo o partido; depois do esforço de anos em sua campanha para governo do estado para receber o tão sonhado apoio?!
O mais triste é saber que uma parcela dos milhões anuais de fundo partidário é destinada pra financiar esse tipo de serviço porco."
Texto de Ludi Félix
@austra_lopiteco
Vez ou outra somos dados à grata alegria de vermos grandes seres-humanos acenderem ao poder em prol da libertação total de seus povos. A revolução em Burkina-Faso, guiada pelo Capitão Ibrahim Traoré, é daquelas que devemos acompanhar, celebrar e estudar com muita seriedade.
Burkina-Faso vem consolidando práticas revolucionárias, e nacionais, que são exemplos para a emancipação de todos os países do Sul Global.
Ernesto Guevara, em suas “Notas para o Estudo da Ideologia da Revolução Cubana”, traça alguns paralelos interessantes que podem ser aplicados à Revolução de Burkina-Faso:
“Esta é uma revolução única em que alguns viram uma contradição com uma das premissas mais ortodoxas do movimento revolucionário, assim expressa por Lênin: 'sem teoria revolucionária, não há movimento revolucionário'. Seria adequado dizer que a teoria revolucionária, como expressão de uma verdade social, vai além de qualquer declaração; isto é, mesmo que se desconheça a teoria, a revolução pode suceder se a realidade histórica é interpretada corretamente e se as forças envolvidas são utilizadas da forma certa.” (GUEVARA, 1960)
Ainda que a Revolução de emancipação nacional de Burkina-Faso não se ancore em uma teoria revolucionária definida, assim como se deu em Cuba, faz-se urgente que as forças de esquerda estudem o que vem sedo feito no país para melhor entendimento das contradições que recaem contra todas as nações do Sul Global.
Além disso, a causa nacional, há décadas ignorada pelas forças de esquerda, em prol de certas “causas” liberais importadas do centro do império, deve ser resgatada com urgência. O avanço do imperialismo-chauvinista imposto pelos yankees nos coloca esse dever à mesa.
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CAPITÃO IBRAHIM TRAORÉ, PÕE FIM AO CASAMENTO INFANTIL NO BURKINA-FASO
O Presidente do Burkina-Faso, Capitão Ibrahim Traoré, proibiu oficialmente o casamento infantil em todo o país!
" A partir de agora, nenhuma menina menor de 18 anos pode ser dada em casamento, e qualquer pai ou tutor apanhado a fazê-lo enfrentará toda a ira da lei.
O presidente deixou claro que as meninas devem ter as mesmas oportunidades de irem à escola ". Falou o presidente Ibrahim
Ele também entregou algumas bolsas de estudo para as meninas que estão com bom desempenho escolar.
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Fonte: África Profunda ⊙
Link: is.gd/2STYpO
Link do texto de Che Guevara: is.gd/JqXzth
O Assassinato Disfarçado pela Estrutura do Estado
"Quando um indivíduo causa a outro um dano físico de tamanha gravidade que lhe causa a morte, chamamos esse ato de homicídio; se o autor sabe, de antemão, que o dano será mortal, sua ação se designa por assassinato. Quando a sociedade põem centenas de proletários numa situação tal que ficam obrigatoriamente expostos à morte prematura, antinatural, morte tão violenta quanto a provocada por uma espada ou um projétil; quando ela priva milhares de indivíduos do necessário à existência, pondo-os numa situação em que lhes é impossível subsistir; quando ela os constrange, pela força da lei, a permanecer nessa situação até que a morte (sua consequência inevitável) sobrevenha; quando ela sabe, e está farta de saber, que os indivíduos haverão de sucumbir nessa situação e, apesar disso, a mantém, então o que ela comete é assassinato. Assassinato idêntico ao perpetrado por um indivíduo, apenas mais dissimulado e pérfido, um assassinato contra o qual ninguém pode defender-se, porque não parece um assassinato: o assassino é todo mundo e ninguém, a morte da vítima parece natural, o crime não se processa por ação, mas por omissão – entretanto não deixa de ser um assassinato."
- Trecho de Friedrich Engels em "A Situação da Classe Trabalhadora na Inglaterra", 1845.
@austra_lopiteco
O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados aprovou na última quarta-feira, 9, a cassação do deputado Glauber Braga (Psol-RJ) por 14 votos a 5, por causa da reação intempestiva de Glauber - empurrões, um pontapé - a um provocador do MBL. Este, na verdade, é o pretexto. Até os mármores e granitos da Câmara sabem que o processo de cassação de Glauber é movido por vingança contra o deputado, cujo mandato tem sido de enfrentamento aos desmandos de Arthur Lira e de resistência ao “legado” de Lira: o orçamento secreto.
Até os mármores e granitos da Casa sabem. A senhora Justiça, também. Como o caso Glauber será, por certo, judicializado, Come Ananás ajudará a refrescar a memória da deficiente visual.
Um levantamento feito por Come Ananás mostra que metade dos deputados que votaram a favor da cassação de Glauber Braga - pelo menos a metade - têm ligações com casos suspeitos de irregularidades - desvios, favorecimentos ou falta de transparência, ou os três - com recursos do orçamento secreto. Alguns deles, casos de polícia.
A começar pelo deputado João Leão (PP-BA), um dos que apertaram “sim” para cassar Glauber. Ele é pai do ex-deputado federal Cacá Leão, que, por sua vez, é o “pai” das emendas do orçamento secreto que financiaram obras de pavimentação do Dnocs (Departamento Nacional de Obras Contra as Secas) investigadas pela Polícia Federal por suspeitas de desvios. João Leão foi vice-governador da Bahia, vice do ex-governador Rui Costa, atual ministro da Casa Civil. Na época, o filho do João era tido como um dos “donos do orçamento secreto” no estado.
Outro deputado baiano que votou contra Glauber no Conselho de Ética, Ricardo Maia (MDB), destinou no ano passado R$ 11,7 milhões em emendas Pix (rebranding do orçamento secreto) para um pequeno município baiano, Tucano, cujo prefeito é um jovem de 25 anos de idade chamado Ricardo Maia Filho. O caso de pai pra filho em Tucano é o mais expressivo, o de valor mais alto em emendas Pix, entre os 361 municípios brasileiros contra os quais o MPF acaba de pedir abertura de ações criminais por falta de prestação de contas sobre a aplicação de recursos federais.
Já o deputado Junior Lourenço (PL-MA), que também votou contra Glauber, é protagonista de um caso parecido, mas genealogicamente inverso: de filho para mãe. Em 2022, quando a Justiça Federal no Maranhão bloqueou R$ 20,7 milhões em verbas do orçamento secreto por suspeitas de irregularidades, o maior repasse bloqueado, de R$ 9,3 milhões, era de Junior Lourenço para o município de Miranda do Norte. Na época, a Justiça maranhense apontou “nítida discrepância” entre o número real de usuários do SUS na cidade e o número apresentado pela prefeita Angélica Bonfim para justificar os repasses milionários enviados de Brasília por seu filho Junior.
Já o deputado Albuquerque (Republicanos-RR), mais um do Conselho de Ética que votou contra Glauber Braga, destinou no ano passado R$ 3 milhões do orçamento secreto para uma ong chamada Instituto Brasileiro de Cidadania e Ação Social (Ibras), para fins de “desenvolvimento da pesca artesanal”. O Ibras tem sede no mesmo endereço de uma academia de pilates. A ong está na mira do STF por falta de transparência na execução de emendas parlamentares e é alvo do Tribunal de Contas de Roraima por um contrato com o governo do estado para organizar shows sertanejos milionários, como um de Wesley Safadão, numa feira do agronegócio.
Entre os deputados que votaram pela cassação de Glauber Braga estão ainda:
Rafael Simões (União Brasil-MG), um condenado por peculato que, com a mãozinha de Rodrigo Pacheco, transformou a cidade mineira de Pouso Alegre em uma das campeãs do orçamento secreto; Bruno Ganem (Podemos-SP), um dos deputados da bancada evangélica que transformaram Carapicuíba, em São Paulo, em “paraíso” das emendas Pix - e inferno da transparência; e Marcio Marinho (Republicanos-BA), um bispo da Igreja Universal que direcionou R$ 2,3 milhões do orçamento secreto para asfaltar uma fazenda ligada à igreja de Edir Macedo.
É um escândalo.
Glauber fica.
Publicado no Come Ananás. Link nos comentários.
@austra_lopiteco
Desde a queda do muro de Berlim que o mundo não assistia tamanha demonstração de força contra a corporação imperialista agressora chamada Estados Unidos [quanto mais um país socialista]
algo inimaginável há alguns anos, quando os yankees declararam a tese de Francis Fukuyama como a grande vitoriosa no final ao guerra fria <
Qual seja? A de que o modelo político e econômico dos EUA seria o "ponto final" da "evolução sócio-cultural" humana, e que os EUA eram o modelo de sociedade a ser seguido, a ser alcançado.
Essa semana foi verdadeiramente histórica!
O "Dia da Libertação" marca o fim da hegemonia norte-americana e o início de uma nova "guerra fria" (não tão fria) com implicações para todo o ecossistema econômico, e político, global.
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Nesse contexto, o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, declarou na última quinta-feira (dia da capitulação), à Fox News, que os EUA irão "retomar o nosso quintal" referindo-se à América-Latina no contexto da guerra comercial com a China.
Sinalizando que o governo Donald Trump influenciará deliberadamente na política interna dos países do continente.
Segue:
“O governo Obama tirou os olhos do jogo e deixou a China simplesmente tomar conta de toda a América do Sul e Central, com sua influência econômica e cultural, fechando acordos com governos locais para obras ruins, vigilância e endividamento. O presidente [Donald] Trump disse: ‘Isso acabou, vamos retomar o nosso quintal’”
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Este deveria ser o único assunto por essas bandas!
Pobre America-Latina, tão longe d̶e̶ ̶D̶e̶u̶s̶ da China e tão perto dos EUA! E tão desalentada de líderes.
@austra_lopiteco
O deputado federal Arthur Lira (PP) comprou uma mansão de R$ 10 milhões este ano após deixar a presidência da Câmara. Um documento obtido pela coluna revela que a nova casa de Lira, adquirida em 31 de janeiro, tem área total de 833 metros quadrados e fica no Lago Sul, bairro mais valorizado de Brasília.
Para selar o negócio, Arthur Lira pegou um financiamento de R$ 7 milhões no Banco de Brasília (BRB), o que indica que ele deu R$ 3 milhões de entrada. Simulações apontam que o deputado deverá arcar com parcelas de mais de R$ 100 mil por mês para honrar o compromisso financeiro.
Como deputado, Arthur Lira recebe salário líquido de R$ 35 mil, por conta dos descontos em seu vencimento bruto, de R$ 46 mil. Na última eleição que disputou, em 2022, ele declarou ter R$ 5,9 milhões em bens e valores, sendo duas casas, um apartamento, um terreno e fazendas em Alagoas. O parlamentar também mantém atividades no segmento de agropecuária e eventos.
O valor da nova mansão, portanto, representa quase o dobro dos bens e do dinheiro que Lira tinha três anos atrás. Já em 2018, antes de assumir a presidência da Câmara em 2020, o deputado declarou ter R$ 1,7 milhão.
Moderna por dentro, a nova residência de Lira tem dois andares e piscina. Três câmeras de segurança na entrada e o fio de arame farpado indicam a preocupação do parlamentar com a segurança.
Lira comprou a casa do empresário Leonardo Nogueira Valverde de Morais. Valverde, por sua vez, havia adquirido o imóvel por R$ 3,6 milhões em 2011.
@austra_lopiteco
Nota de desligamento da Resistência (PSOL)
Camaradas,
Nós, militantes abaixo assinados, formalizamos nosso desligamento da Resistência, corrente interna do PSOL, devido a divergências políticas com sua direção nacional. A postura adotada pela direção, ao contrariar resoluções estabelecidas em conferência e congresso sem balanço com a militância, rompe com a democracia interna e desrespeita diferentes posições políticas presentes na organização. A falta de discussão sobre a tática para enfrentar a extrema direita e a relação do PSOL com o governo Lula III reforçam a necessidade de nossa saída.
Entendemos que hoje o PSOL se divide em duas táticas no enfrentamento à extrema direita: 1. De um lado, a direção majoritária que, na prática, vem rasgando suas resoluções para ir a reboque da política de Frente Ampla, renunciando à disputa para pressionar o governo Lula III por uma agenda à esquerda e, assim, facilitando a ofensiva fascista na classe trabalhadora e na disputa pelo poder; 2. Do outro, uma ala minoritária buscando preservar as resoluções que indicam a independência e a liberdade de crítica do PSOL frente ao governo, além de apontar que a derrota da extrema-direita só é possível com a luta e a disputa político-ideológica contra o conservadorismo e a agenda neoliberal.
Nessa disputa, convergimos com os que defendem a independência de classe e a autonomia do partido. No entanto, a direção da Resistência optou por adaptar-se ao campo majoritário, inviabilizando o debate interno e o espaço para contestação dessa linha política. Por essa razão, optamos pelo desligamento da organização e permaneceremos no PSOL como coletivo provisório, reavaliando nossa permanência no final de 2025. Além disso, abriremos diálogo com outras correntes do partido e organizações da esquerda socialista-comunista que, eventualmente, nos procurarem.
Vitória, 02 de abril de 2025
Lançamos uma carta aberta de desligamento, caso alguém queira entender melhor as nossas divergências. Link nos stories e no QR code do quarto card.
DEBATE IMPORTANTE que mantém no ar a grande questão. Qual a razão da obstinada defesa do governo Lula por parte da esquerda marxista ainda militando dentro do neoPT , independentemente da guinada ideológica incontestável, imposta ao Partido desde o primeiro mandato do presidente, em 2003 ??
O “MANHÃ BRASIL” juntou dois importantes quadros de reconhecida liderança – Breno Altman e Jones Manoel - , sob mediação competente de Mauro Lopes, num confronto de altíssimo nível, impossível de ver nos telejornais patrocinados pelos grandes bancos
DOIS MARXISTAS, comunistas auto-confessos, operando em campos distintos na avaliação do caráter ideológico real dos governos do neoPT, discutiram durante horas. Jones, mostrando a essência neoliberal do governo, e Breno afirmando-lhe um perfil híbrido, com uma disputa interna entre desenvolvimentistas e neoliberais expressos.
NÃO HÁ COMO NEGAR. A despeito da imensa capacidade argumentativa de Breno, Jones impôs sua tese com dados concretos, que Breno não conseguiu contestar, simplesmente por deles se omitir nas suas intervenções.
BRENO opera em faixa complexa. Classifica como erros aquilo que é, por óbvio, consequência de opção política. Para além de não conseguir concretizar o que considera campo desenvolvimentista dentro do governo, avalia como “erro”, e não como opções deliberadas, decisões tomadas desde o primeiro mandato. Apenas com um único exemplo para poupar o leitor, criticou a formação de frente ampla para a disputa de 2022 e não a de frente de esquerda, que defendia pelo menos para o primeiro turno. Mas essa opção bem sintomática por Alckmin, de evidente caráter político-ideológico, não operou sobre Breno qualquer mudança de avaliação ou de contraponto prático. Nem dele, nem do grupo interno onde opera.
CONTRADIÇÕES como a diferença de tratamento sobre a política de juros exatamente semelhantes, mas merecendo ataques veementes, quando da administração do bolsonarista Roberto Campos Netto, e apoio integral sob a presidência de Garófalo, não mereceram comentários de Breno.
FICA COMO conclusão o sentimento de que, longe de disputa interna eficaz, ou mesmo de um sinal mínimo de aceitação de suas propostas, a esquerda marxista do neoPT termina, ao fim e ao cabo, servindo de aval para a divulgação de uma fake : o governo Lula seria a única opção possível no contexto político atual. E que a esquerda combativa fora do neoPT não teria opção. Ou se acomoda também ou estaria fazendo o jogo da oposição.
A ESQUERDA COMBATIVA, na verdadeira frente progressista tem claro uma visão oposta. É na capitulação diante da conjuntura que o próprio governo, desde sua primeira edição em 2003, implantou com o conceito de “governabilidade possível” que se estaria estendendo tapete vermelho para retorno dos trogloditas de 2018.
LUTA QUE SEGUE!
Milton Temer:
NADA JUSTIFICA. Mas ninguém pode se surpreender. Guilherme Boulos, lider de fato do campo majoritário moderado da bancada do Psol no covil parlamentar, se omite, desaparece, depois de registrar presença, e não participa da luta da bancada contra o restabelecimento, por nova via, do degradantte e ilegal orcamento secreto.
BOULOS não surpreende. Tanto quanto a propostas contestáveis do governo, como em iniciativas corporativas da Casa, sempre tem a pior posição inicial. Nunca agiu na linha tradicional das bancadas antes de sua chegada a Brasília - na linha de combate acirrado ao neoliberalismo em todas as suas formas anti-sociais.
MAS, HOJE, se passou. Não levou em conta que o projeto votado era consequência de mandado de segurança impetrado pela bancada, no Supremo, com sucesso. Mandado que fez com que o STF sustasse a liberação de R$ 4,2 bilhões já comprometidos no final do ano passado pelo Orçamento secreto.
O PRESIDENTE do Congresso, representante típico do baixo clero desqualificado, resolveu restabelecer a bandalheira. Continuará oculto o autor de emenda que será encaminhada pelo líder de bancada, e cuja autoria pessoal só será conhecida pelo beneficiado da destinação dos recursos surrupiados ao Erário.
LAMENTAVELMENTE, embora se acerte - ele e os formuladores de sua corrente no Psol - com o que existe de mais atrasado e reacionário na bancada do neoPT , Boulos e seus acólitos não deixarão o Psol, como se cogitou a partir de seu nome ter sido “vazado” para um eventual cargo ministerial. Seu passe vale muito mais levando o Partido a uma federação subalterna com o barco maior. Com seus Fundos, Partidário e Eleitoral, para além dos tempos de Tv em campanha. Transferindo-se, desaparece do mapa diante dos nomes de alto coturno nas instâncias da legenda que lhe dita a linha.
TEREMOS que derrotá-lo internamente, a partir das crises já em curso entre seus aliados, e a despeito dos métodos heterodoxos de filiações suspeitas em vésperas de Congressos.
O PSOL não pode, se ainda se pretende Partido com um mínimo de relação com os princípios fundacionais que o tornaram necessário, continuar submetido a esse campo majoritário. Um campo que ora opera para alterar o Programa-Base de molde, certamente, a melhor favorecer suas manobras liquidacionistas.
QUE VENHAM. Saberemos defender nossas bandeiras de esquerda anticapitalista, pelas quais teremos o objetivo estragégido do socialismo orientando nossa movimentação tática.
Luta que Segue
Em junho de 2022, o então presidente do Bradesco, Octavio de Lazari Jr., divulgou um vídeo no qual falava sobre “o privilégio que foi servir ao nosso Exército Brasileiro” quatro décadas antes, em 1982, quando se apresentava todos os dias como “soldado 939 Lazari ao seu comando!” no 39º Batalhão de Infantaria Motorizada, em Osasco, região metropolitana de São Paulo.
Mas Lazari não ficou apenas na muito significativa conversa de que o princípios do quartel “foram fundamentais para que eu pudesse construir a minha carreira no mercado”. Com as eleições de 2022 se aproximando, justamente no momento em que as Forças Armadas escancaravam sua adesão ao bolsogolpismo, o então presidente do Bradesco encerrou o vídeo apresentando-se ao Exército outra vez, 40 anos depois: “o soldado 939 Lazari continua de prontidão”.
Em ano eleitoral anterior, 2018, o presidente do Bradesco anterior a Octavio de Lazari Jr., Luiz Carlos Trabucco, não chegou a se gabar do “privilégio” de quem serviu ao Exército Brasileiro na vigência da ditadura militar, mas foi logo avisando aos bons entendedores, logo em janeiro daquele ano, ainda na vigência do golpe de 2016 contra Dilma Rousseff: “a reforma da Previdência é mais importante que as eleições”.
Quatro anos antes, às vésperas das eleições de 2014, outro banco, o Santander, enviou um e-mail aos seus clientes “select” projetando que se Dilma Rousseff subisse nas pesquisas, rumo è reeleição, deixando Aécio Neves para trás, o índice Ibovespa iria despencar. Na época, Dilma classificou o atrevimento do Santander como “inadmissível”. O banco pediu desculpas e demitiu a analista responsável pelo envio do e-mail, mas agora, mais de 10 anos depois, voltou a confabular com clientes endinheirados por uma troca de governo no Brasil.
Semanas atrás, em meados de fevereiro, o Santander andou soprando nos ouvidos de “investidores” que, caso se vislumbre uma “virada na política” brasileira para “uma administração mais pró-negócios”, o índice Ibovespa poderia subir 45% até o final de 2025. A eleição no Brasil, porém, é só em 2026. De modo que parece incitação do capital financeiro a mais um golpe de Estado. Mas, segundo a imprensa, seria apenas o Santander buscando “estressar as análises para projetar o efeito de uma possível alternância de poder na cotação dos ativos”.
Agora, nesta segunda-feira, 10, um documento do banco estadunidense J.P. Morgan classifica a aproximação das eleições de 2026 no Brasil (ainda que falte um ano e meio para as eleições) como um “fator de atratividade” para o rentismo por causa da “possibilidade de mudança de regime” no país.
O J.P. Morgan, que fala abertamente em “mudança de regime” no Brasil e cujo presidente classifica Elon Musk como “nosso Einstein”, tem sede no número 210 da Park Avenue, em Nova York, mas está aqui também, no número 3.729 da Faria Lima, na Febraban e com seus 46% de participação no C6 Bank, banco digital com sede nos Jardins, em São Paulo, e fundado por egressos do BTG Pactual.
Foi, aliás, num evento recente do BTG Pactual que o presidente do conselho de administração da SPX Capital, uma das maiores gestoras de investimentos do Brasil; foi num evento recente do BTG, na frente de André Esteves, que Rogério Xavier desejou nestes termos, também ele, uma “mudança de regime” no Brasil a partir das próximas eleições:
“Lula e Brizola são a mesma coisa. A gente larga de 25%, 30% de voto na esquerda, se [Lula] não morrer. E eu espero que não morra. Eu não desejo a morte de ninguém. Desejei a do Brizola, foi a única pessoa na minha vida que eu desejei. Aquilo realmente destruiu o Rio de Janeiro. Esse eu realmente falei: não é possível que esse cara não morra… E não morria…”.
Leonel Brizola foi eleito governador do Rio de Janeiro em 1982, mesmo ano em que Octavio de Lazari Jr. serviu no 39º Batalhão de Infantaria Motorizada. Quando disse o que disse, Rogério Xavier arrancou gargalhadas de André Esteves e de toda a plateia. Seis décadas após o golpe militar apoiado por banqueiros, parece que os banqueiros estão, muitos deles, no modo soldado 939 Lazari: continuam de prontidão.
Publicado no Come Ananás.
comeananas.news/p/virada-na-po…
🇵🇪
Pedro Castillo enfrenta uma farsa de julgamento
Por Eugenio R. Zaffaroni e Guido L. Croxatto
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LAWFARE
Casos de corrupção foram fabricados contra Castillo, assim como contra Correa, Lula, Evo, Cristina, etc., mas com a peculiaridade neste caso de que o promotor que começou a fabricá-los foi posteriormente demitido por liderar uma organização criminosa.
Uma farsa de julgamento contra o presidente constitucional Pedro Castillo começou no Peru . A legalidade peruana foi quebrada quando Castillo foi preso (sem levantamento de imunidade, sem vacância legal, sem julgamento, sem moção, sem votos) e seu vice-presidente usurpou sua posição, traindo o mandato popular e ordenando uma repressão indiscriminada que custou a vida de dezenas de pessoas, incluindo mulheres e crianças. A repressão não foi contra ninguém: foi contra aqueles que votaram em Castillo.
Castillo comparece diante desta fase sem advogados, o que significa que escolheu corretamente o caminho de não se render à pantomima. Ela pressupõe o que se chama de processo de ruptura , quando não vale a pena defender-se perante supostos juízes que já decidiram a sentença. Não se pode esperar nada minimamente legal de pessoas que não vacilaram quando um criminoso contra a humanidade foi perdoado , responsável, entre outras coisas, pela esterilização forçada de centenas de milhares de mulheres. É bem perceptível que eles estão escondendo o machado do carrasco sob a toga.
Castillo é o presidente constitucional do Peru, mesmo estando preso. Isso porque ele foi removido à força e não por lei. O Congresso não tinha votos para removê-lo constitucionalmente, e é por isso que ele foi destituído – como dizem no Peru – sem os votos necessários. É o que dizem os constitucionalistas da Pontifícia Universidade Católica – que nunca pareceram ser apoiadores do presidente – e também o Ouvidor, além de comprovarem com matemática.
Casos de corrupção foram fabricados contra Castillo, assim como contra Correa, Lula, Evo, Cristina, etc., mas com a peculiaridade neste caso de que o promotor que começou a fabricá-los foi posteriormente demitido por liderar uma organização criminosa.
O presidente Castillo comparece perante seus condenadores como presidente segundo a Constituição e acusado de tentativa de rebelião , um crime que o código penal define como pegar em armas. Sua rebelião consistiu em fazer um discurso, quando se sabia que ninguém levantaria uma arma e, de fato, a única arma levantada foi a de sua própria custódia para detê-lo, diante dos olhos de sua filha, uma criança. Sua imunidade nunca foi revogada.
Todos os seus condenadores sabem — porque, diferentemente de Castillo, estudaram direito — que quando alguém tenta cometer um crime com um meio absurdamente ineficaz (matar com orações, por exemplo), isso é chamado de tentativa inadequada e seu código estabelece explicitamente que não deve ser punido, mesmo que aleguem o argumento absurdo de que em outra circunstância isso teria sido perigoso: não há ação humana, por mais inocente que seja, que em circunstâncias diferentes não seja perigosa (tiro ao alvo, por exemplo). A conduta não é julgada em nenhuma outra circunstância , mas nas circunstâncias precisas em que ocorreu.
Eles também sabem que constitucionalmente Castillo é o presidente. Eles não desconhecem isso, alguns deles serão até professores em alguma universidade, não sei se seus alunos acreditarão quando falarem sobre direito . Eles têm plena consciência de tudo isso: o que parece lhes faltar é o outro sentido da consciência, aquele que em algum momento faz com que toda pessoa honesta ouça sua voz, mesmo que seja no último momento de sua existência.
Castillo não precisa de advogados nesta paródia, a presença deles apenas legitimaria uma encenação para dar a aparência de um julgamento . Mas não se pode ignorar que seus advogados e ex-advogados foram submetidos a pressões chamadas de "regulamentações" no Peru. Guillermo Olivera teve que deixar o país; Outro advogado relatou a presença de um carro que o seguia constantemente; Benji Espinoza acaba de relatar que seu escritório foi assaltado e seu computador pessoal foi levado. Parece que o regime de fato da Sra. Boluarte teme que no meio da dramatização judicial alguém invoque a lei.
É óbvio que o presidente Castillo não responde aos interesses colonialistas e, por enquanto - para isso - está a senhora Boluarte, até que ela deixe de ser útil para eles e a deixem nas mãos das feras, talvez dos mesmos personagens de toga que prendem e condenam um presidente constitucional, injustamente destituído. A vaga tem um procedimento que não foi respeitado.
Mas como se tudo isso não fosse vergonhoso o suficiente, o mais escandaloso é o outro motivo não confessado para a condenação do presidente Castillo: puro racismo, um camponês das montanhas não pode ser presidente , não é tolerado pelas pessoas de bem , aprofundando a ferida que remonta à colônia e que reafirmou a república em 1821. É uma ferida sangrenta que atravessa toda a história peruana e que seus melhores historiadores, pensadores e intelectuais sempre denunciaram. O cholo não pode ser presidente: esta é a razão oculta mais aberrante e escandalosa para esta condenação e não deve ser silenciada ou deixada de lado. Por que advogados, quando é o ódio racista que leva a uma condenação e todo o resto são apenas desculpas?
José Arguedas, um escritor que aprendeu a língua pela primeira vez com os "servos" que o criaram, escreveu um poema intitulado Apelo a Alguns Médicos . Sua interpretação anticolonial (e sua alta crítica à lei peruana) pode ser útil aos juízes que hoje buscam condenar, sem provas, um presidente constitucional, que em todo caso deveria ser reintegrado e julgado (em um julgamento político, não criminal) de acordo com a lei. Até agora, isso (que é o requisito básico para remover um presidente e a primeira coisa que a constituição exige) não aconteceu. Castillo foi afastado do cargo porque nunca cedeu à extorsão. Se ele tivesse "negociado" com o Congresso (que tem um índice de desaprovação de mais de 90%), ele ainda estaria sentado confortavelmente no Palácio. Felizmente para o Peru, isso não aconteceu.
Diego González
🇧🇷❗Crítica ao trotskista Gustavo Machado.
Nos últimos meses, Gustavo Machado vem participando de uma série de debates contra liberais, conservadores e fascistas em podcasts organizado pela direita na Internet. É um trabalho importante de agitação e propaganda, pois ocupa espaços de mídia, fura a bolha, faz disputa ideológica, educa e gera repercussão, comentários e discussões. Gustavo é marxista trotskista, doutor em Marx e organizado no PSTU, altamente competente e gabaritado para a tarefa.
Porém, nesses debates, uma falha teórica do Gustavo Machado que é comum em trotskysta se evidencia, que enfraquece sua argumentação: Gustavo faz uma avaliação muito negativa das experiências do socialismo real, chegando a negar que sejam mesmo socialistas. Realmente, essa posição é típica de uma variedade de trotskismo, mas não é a linha do Gustavo Machado em si que pretendo criticar -- apesar de ser uma crítica comum, é também muitas vezes abstrata e não toca no cerne dos problemas, que porventura sejam muitos. Desde de que me assumi um comunista, já me deparei com alguns trotskistas pra saber que não é porque a pessoa tem essa linha que ela não tem nada a contribuir.
Quando Gustavo debateu com o vereador fascista Lucas Pavanato, o oponente reproduziu um padrão muito claro, que ecoa a estratégia da financista Renata Barreto no clássico debate contra Elias Jabbour em 2022: fingir defender princípios liberais, como liberdade de troca e livre disposição da propriedade privada, ao mesmo tempo em que realiza o típico ataque falacioso ao socialismo real, dizendo que são e foram experiências econômicas falidas, que geraram desastres políticos e econômicos de toda natureza, que mataram milhões etc.
Ora, quando Gustavo Machado contorna essas críticas, ele sempre faz a ressalva de que não seriam experiências socialistas de verdade, caindo no velho clichê do comunista que insiste que o socialismo "nunca existiu". Pavanato, percebendo isso, ataca o ponto insistentemente, para tentar demonstrar uma suposta incoerência. Porém, Pavanato é culpado do mesmo crime: defende "capitalismo" em abstrato, prega uma separação impossível entre capitalismo e "Estado", legando à ação do "Estado" todos os problemas da sociedade atual, nunca abordando a realidade material como ela se apresenta de fato, em seu desenvolvimento histórico e dialético, e na relação inextricável entre capitalismo e Estado. Gustavo procura demonstrar como o capitalismo historicamente se estabelece através da violência e da expropriação da classe trabalhadora, o que Pavanato muito luta para maquiar e até falsificar.
O problema é que o Gustavo não pode nunca apontar para um exemplo do desastre capitalista mundial (como até fez em determinada altura do debate), que o oponente sempre vai desviar dizendo que esse não é "o capitalismo de verdade" e que ele critica esses modelos de "intervenção estatal", como os EUA hoje em dia. O Gustavo não pode apontar a óbvia contradição do Estado americano financiando guerrilhas anticomunistas e golpes em toda a América Latina durante a Guerra Fria, que o Pavanato jamais aceitará isso como uma crítica ao capitalismo e ao imperialismo. Porque ele não fala de processos reais, ele não dialoga com a realidade, ele fala de coisas da sua cabeça e vende sonhos.
Gustavo não pode apontar essa inconsistência -- como Elias fez com Renata, deixando-a desmoralizada --, porque ele faz o mesmo. Não assume as experiências socialistas como socialismo "de verdade", não analisa os processos como desenvolvimentos genuínos da luta de classes com orientação socialista. Ainda que nenhuma revolução tenha triunfado no sentido de criar uma república socialista mundial ou superar inteiramente o capitalismo; rechaçá-las completamente, como se nada tivessem de socialismo, é tratar o socialismo da mesma forma que os mencionados reacionários tratam o capitalismo: como pura abstração, ignorando os processos e suas contradições.
Gustavo Machado é muito versado na teoria marxista e na crítica da economia política, o que lhe dá grande vantagem e proporciona ótima performance na disputa. Mas esse calcanhar de Aquiles sempre será um problema, em especial no que se equipara ao nível de argumentação falha dos pretensos defensores do capitalismo.
@austra_lopiteco
Acontece que a Ucrânia também tinha uma lei que proibia a venda de terras produtivas. Após o fim da União Soviética a terra foi dividida entre pequenos proprietários, que ou produziam ou arrendavam essas pequenas propriedades. Os que arrendavam, ou recebiam o valor em dinheiro ou em produtos que eram comercializados ou trocados com vizinhos que faziam o mesmo.
Em 2014 a Ucrânia sofre um golpe que depõe o presidente eleito. Os governos que se seguem após esse golpe vão, de forma ainda mais contundente, buscar acabar com o legado Soviético e implantar o neoliberalismo no país e a consequente entrega das riquezas aos interesses do capital.
Em 2019, o novo presidente eleito, um ex-comediante e ainda um Zé Ninguém sem nome para imprensa estrangeira, vai capitanear a reforma na lei que permitirá a venda das terras férteis: primeiro a laranjas e posteriormente às próprias multinacionais estrangeiras. Essa reforma legislativa foi executada mesmo durante a guerra, a despeito da opinião dos cidadãos, que eram contra.
Embora sempre alegue ter preocupações demais, até pra trocar de roupa, pra ceder as terras férteis da Ucrânia ele encontrou um tempinho.
@austra_lopiteco
O golpe cuja intenção central era prejudicar o comércio de gás natural Rússia-Europa via Nordstream2, ilegalizou toda a esquerda, toda representação da população russo falante (mais de 40% da população ucraniana) e transformou o revisionismo nazista em teoria oficial do Estado absorvendo milícias de extrema-direita como parte das forças armadas.
Comunistas e sindicalistas foram queimados vivos, crianças e eslavos foram assassinados em Donbass, e o país começou a se comportar como aqueles besouros contaminados por fungos que não se importam mais com a própria sobrevivência.
A Rússia jamais iria tolerar um Estado vizinho que massacra Russos étnicos, faz do resgate histórico do nazismo uma normalidade e topa instalar misseis atômicos da OTAN e laboratórios de guerra biológica em suas fronteiras.
A operação Z foi solicitada pelo Partido Comunista da Federação Russa. O resultado objetivo foi a libertação da parte oriental do país.
Também ficou empiricamente demonstrado que é possível hoje criar um campo econômico capaz de neutralizar as delinquências imperialistas em matéria de bloqueios econômicos.
Não é preciso gostar de Putin para perceber que foi uma derrota importante do imperialismo e portanto uma vitória para o sul global.
Que o que sobrou da Ucrânia sirva de exemplo para o resto do mundo em relação ao preço da vassalagem aos EUA.
@austra_lopiteco
NEM SEMPRE É O CONGRESSO
Bolsonaro teve baixos índices de aprovação de projetos no Congresso. Lula, por sua vez, bate recordes de aprovação. Alguma coisa está errada.
Ou o governo está em sintonia com a direita neoliberal, ou a base governista é sólida o suficiente para aprovar qualquer proposta. Ou talvez ambas as situações, se considerarmos que os projetos aprovados são, em sua maioria, impopulares.
Uma curiosidade esquecida: a Fazenda queria implementar um pente-fino radical no Benefício de Prestação Continuada (BPC). Ao invés de cortar 1 milhão de famílias do benefício, o número seria muito maior. A justificativa para os cortes eram supostas fraudes. No entanto, na hora da votação em plenário, os deputados do Centrão consideraram as medidas do governo "duras demais" e decidiram manter, em linhas gerais, as regras atuais para a concessão.
Uma curiosidade alarmante: Fernando Haddad vem pedindo há tempos a desvinculação das despesas obrigatórias com saúde e educação. Isso significa que as bandeiras históricas da esquerda em defesa do orçamento irrestrito dessas áreas seriam queimadas em praça pública. Em outras palavras, haveria um novo teto de gastos para saúde e educação, o que efetivamente resultaria em desinvestimentos nesses setores ao longo dos anos.
Uma curiosidade absurda: o Conselho Monetário Nacional (CMN), orientado pelos ministros de Estado, definiu metas de inflação inalcançáveis de 3% ao mês, mesmo ciente de que haveria crescimento econômico acima do projetado. Não seria mais sensato estabelecer essa meta em níveis reais de 5%? O não cumprimento dessa meta irreal de 3% resulta em aumento de juros e desaceleração da economia. Vale lembrar que a política de metas inflacionárias não precisa ser aprovada pelo Congresso; é o próprio governo que coloca a corda no seu pescoço.
Uma curiosidade antecipada: Bolsonaro destruiu os estoques reguladores da Conab, os quais eram fundamentais para o controle de preços dos alimentos. O governo sabia que precisava retomar esses estoques assim que assumisse a gestão. Contudo, até dezembro de 2024, conforme verificado no site da Conab, os estoques continuavam zerados. E o pior: a banca organizadora para a retomada dos concursos da companhia ainda não havia sido lançada, dois anos depois!
Uma curiosidade final: recentemente, Haddad e representantes do mercado financeiro se vangloriaram do "maior ajuste fiscal da História". De fato, o governo Lula gastou em investimentos públicos até agora, proporcionalmente ao tempo, menos do que os governos Temer e Bolsonaro. Nesse sentido, Haddad se mostra mais eficiente que Guedes.
Essas são críticas à esquerda do governo. São alertas para que Lula perceba que o caminho seguido leva a lugar nenhum. Ou melhor, leva à impopularidade e pode resultar em uma derrota eleitoral em 2026.
via Daniel Spirin Reynolds
“Antipetista”, “quinta-coluna”, “cirandeiro”.
Têm sido essas as desqualificações mais comuns dirigidas àqueles do campo democrático que têm levantado a voz para pedir mudança de rumo do governo Lula, para pedir mais enfrentamento político contra a extrema-direita, Partido Militar, Centrão, “mercado”, “agro”, em vez de apenas mais e mais concessões à chantagem parlamentar, à tutela militar, à vigarice neopentecostal, às imposições do grande capital financeiro e à sofreguidão do latifúndio desmatador-envenenador.
Mudança de rumo, não nomeação de marqueteiro, porque quem pede mudança entende que o rumo, a atitude e a linha política atuais são contratação de derrota futura pagando no pré-datado da completa descaracterização do projeto de reconstrução nacional sobre bases democráticas e republicanas.
Já quem entende o contrário, ou seja, que o rumo está certo, defende que o governo não deve mesmo fazer movimentos bruscos - a rigor, qualquer movimento - neste contexto miserável do país e do mundo, para não levar um bote da serpente do fascismo. Propõem derrotar o fascismo alimentando todos os dias justamente quem todos os dias dá a ele de comer. Quando pesquisas de opinião mostram um tanto claramente que a aposta no lulismo raiz vai dar ruim, muito ruim, e justamente porque o contexto agora é outro, dramaticamente diferente de outrora, resta-lhes desqualificar, além de companheiros, não um, mas dois, três institutos de pesquisa, e quantos mais mostrarem aquilo que não se quer enxergar de jeito nenhum.
Além, é claro, de pôr toda a culpa na imprensa canalha, como se a imprensa canalha não estivesse aí desde sempre, a serviço de tentar nos trucidar; como se o Estadão não completasse agora 150 anos e, O Globo, 100.
“O que mais precisamos neste momento é que o governo acorde. É que o governo se crie. Porque até agora não foi criado um governo Lula. O que existe é uma ocupação de postos do governo, mas não existe governo. São 38 ministros, mas ministros mesmo não chegam a meia dúzia. É preciso rever isso com urgência, com seriedade, sem concessões excessivas. Concessões políticas, só. Concessões ao gangsterismo não podem mais ser feitas. É preciso reagir a isso. Essa chantagem precisa ser posta às claras no Brasil”, disse Janio de Freitas no início desta semana, no programa de Bob Fernandes.
É provável que este conhecido “cirandeiro”, notório “quinta-coluna”, que este “antipetista” de carteirinha chamado Janio de Freitas (por favor, contém ironia) tivesse em mente o nome de Nísia Trindade quando citou os ministros “ministros mesmo” que não chegam a meia dúzia. Mas Nísia foi demitida horas depois da live do Janio e do Bob e em seu lugar entrou Alexandre Padilha, vindo da Secretaria de Relações Institucionais supostamente para emplacar vitrines políticas na Saúde, coisa que Nísia, que seria light demais para a parada, para o cargo, não vinha conseguindo fazer.
Quanto a Padilha, o último produto exibido por ele na vitrine política foi uma cópia de sinal invertido do vestuário da extrema-direita que não durou mais que dois ou três dias na cabeça das pessoas, literalmente: o boné anti-MAGA “O Brasil é dos brasileiros”, aliás azul da cor do SUS.
Por outro lado, é improvável que Janio de Freitas tivesse em mente, entre a meia de dúzia de ministros “ministros mesmo”, o nome do ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, a quem o presidente Lula se referiu nestes termos em maio do ano passado: “de vez em quando as pessoas falam: ‘Lula, o José Múcio não é muito light para ser ministro da Defesa?’. Eu falei: ‘não, é o ministro que eu quero”.
José Múcio Monteiro poderia, deveria ter sido demitido no dia 8 de janeiro de 2023, quando, horas antes dos ataques à Praça dos Três Poderes, o ministro circulou em carro descaracterizado no entorno do acampamento golpista na frente do QG do Exército, em Brasília, e reportou que estava “tudo calmo”…
Depois disso, Múcio atuou contra a reinstalação da Comissão de Mortos e Desaparecidos Políticos, contra os trabalhos da CPMI do 8/1, contra as ações do governo de memória crítica dos 60 anos do golpe de 64, que acabaram canceladas, entre outras do civil quatro estrelas que sapateia em nossas fuças quando diz que acha “o máximo” ser chamado de “general sem farda”.
“Gostaria que dissessem mais. Porque todas as vezes que dizem isso as Forças ficam satisfeitas”.
Já faz meses que Múcio vem externando vontade de deixar o governo para ir cuidar da própria vida na Capitania Hereditária de Pernambuco, mas até aqui o ajudante de ocultadores de cadáveres tem cedido aos seguidos apelos de Lula para que fique. Dias atrás, no programa Roda Vida, Múcio disse que “sexta-feira fui pra me despedir e fiquei”, porque o presidente Lula “é encantador no contato, nos argumentos”.
“Deixei minha mala lá”, disse Múcio.
Pobre do país que manda Nísia Trindade fazer as malas e, ao mesmo tempo, suplica a José Múcio que desfaça as dele: “não me abandone jamais!”
Trump, Estados Unidos e a profecia de Kissinger
Trump demonstra que é urgente avançar em alternativas à hegemonia americana. A História ensina que estar próximo dos EUA sempre teve um custo muito alto.
No final de 1968, Henry Kissinger caminhava para ser o homem forte das relações exteriores dos Estados Unidos, no mandato do recém-eleito Richard Nixon. Ele relatou a William Buckley Jr ter alertado o novo presidente sobre o Vietnã, dizendo que “se Thieu encontrasse o mesmo destino de Diem, a palavra que será espalhada para as nações do mundo é que pode ser perigoso ser inimigo da América, mas ser amigo da América é fatal”.
Na ocasião, Kissinger não lançava mão de um aforismo cínico: ele fazia uma profecia tenebrosa sobre o futuro americano, vaticinando que Nixon não poderia permitir a queda do novo presidente sul-vietnamita – e seu aliado na Guerra do Vietnã – Nguyen Van Thieu. Anos antes, John Kennedy tinha abandonado à própria sorte o presidente Ngo Dinh Diem, literalmente deixado para morrer por Washington durante um golpe militar sangrento.
Kissinger considerava que seu país tinha de manter os compromissos com seus aliados, sob pena de parecer um amigo desleal. Seis anos depois desse alerta, o mesmo Thieu partiu em fuga desesperada, denunciando a traição americana, meses antes da queda de Saigon para os comunistas. O “se” da profecia foi confirmado, portanto não é de se estranhar que ela seja relatada como uma afirmação, já que a História e o erro lhe amputaram a condicionante.
@austra_lopiteco
operamundi.uol.com.br/opiniao/…
LULA 3 REPETE FIASCO DOS GOVERNOS NEOLIBERAIS
Daniel Spirin Reynolds
Uma pesquisa Datafolha divulgada hoje (14) revela uma queda acentuada na aprovação do governo Lula, que agora se encontra em apenas 24%, a pior avaliação da trajetória política do petista. Os segmentos de baixa renda, especialmente aqueles que recebem até dois salários mínimos, foram os mais afetados pela diminuição da aprovação. Além disso, entre mulheres, negros e pardos, a redução nos índices também foi significativa.
O governo Lula 3 parece repetir a receita de fracasso de administrações anteriores que apostaram em políticas de contenção de gastos e austeridade fiscal, que engessaram o investimento público e penalizaram os mais pobres. FHC, Temer e Bolsonaro seguiram essa mesma trajetória e terminaram seus mandatos com os piores índices de avaliação. A novidade neste cenário é a crise da segurança pública, com a violência e o crime organizado se espalhando por praticamente todas as grandes metrópoles. Embora a segurança pública seja uma responsabilidade estadual, a falta de políticas públicas federais eficazes gera uma percepção de incompetência por parte do governo.
Para salvar a reeleição petista, talvez a única solução seja uma ruptura completa com a frente ampla que levou Lula de volta ao governo, adotando decretos sequenciais, mesmo que isso resulte em derrotas no Congresso e na Justiça. O resgate da opinião pública pode se mostrar mais importante do que agradar ao mercado financeiro.
A Suécia acabou de vivenciar o pior tiroteio em massa de sua história. Em meio ao trágico incidente ocorrido na cidade de Örebro, em que um atirador assassinou ao menos 10 pessoas em um centro educacional para adultos em 4 de fevereiro de 2025.
A desinformação e a incerteza sobre a identidade do criminoso, no entanto, vitimaram outras pessoas: os imigrantes que vivem na Europa. A mídia europeia, neste caso a BBC, não teve escrúpulos, – antes mesmo de conhecer o perpetrador do tiroteio, um homem branco de 35 anos chamado Rickard Andersson – associando de maneira discreta o suposto atirador à figura de um homem com características médio-orientais.
Ao abrir a matéria, no entanto, percebe-se que o homem escolhido para ser representado na manchete, o curdo Ismail Moradi de 16 anos, na verdade foi um dos entrevistados pela BBC. O jovem estuda numa escola próxima do centro educacional que foi atacado. Ele demonstrou preocupação sobre um possível elemento racial relacionado ao crime, visto que era majoritariamente frequentado por pessoas vindas de outros países.
Longe de ser um descuido, um equívoco ou um incidente isolado, este episódio demonstra o preconceito sistemático dos europeus com estrangeiros. Os muçulmanos, os árabes, e tudo aquilo que se relacione ou se pareça com algumas dessas demografias acabam sofrendo na mão da mídia ocidental. Tudo que não é europeu é um vilão em potencial. Conhecemos os casos: árabes cristãos vítimas de islamofobia (sim, islamofobia) por causa de seu fenótipo, mulheres de véu retratadas como batedoras de carteira e ladras de lojinhas. Esses e outros casos acabam se configurando numa espécie de Caça às Bruxas contemporânea.
Após a repercussão negativa, a BBC trocou a foto que aparece para representar a matéria ao linká-la nas redes sociais.
BEAKE, Nick. Sweden searches for answers after country's deadliest shooting. BBC, 2025.
TRT WORLD. The BBC is facing backlash over its coverage of [...]. 7 de fevereiro de 2025. Facebook: trtworld.
Revoluções
É forçoso lembrar que TUDO, literalmente tudo que sabemos da Revolução Cubana é entregue a nós apenas após ter sido filtrado pelos sistemas de controle americanos. A credibilidade de relatos sobre a "ditadura cubana", ou sobre os mortos da Revolução é ZERO. Quem as faz são os mesmos que pintavam a Revolução Russa como tendo "milhões" de mortos e onde as pessoas "comiam criancinhas". Portanto, as descrições de violações de direitos humanos contra Cuba são suspeitas, em especial quando vem de países, como os Estados Unidos, que violam cotidianamente os direitos humanos dos países que invade.
Por outro lado, não há dúvida que existem exageros e verdadeiras violações de direitos humanos em países que realizam revoluções proletárias. Como bem disse Che Guevara, "matamos pouco; a população enfurecida queria muito mais". Ou seja, o governo revolucionário teve que segurar a onda de justiçamentos contra os traidores, até para proteger aqueles vendidos ao imperialismo. O mesmo ocorreu na Rússia revolucionária (na guerra contra 14 países estrangeiros após a revolução), bem como no Vietnã, na Coreia Popular e na China. Não há como exigir que nos países que passaram pelo trauma de um processo dessa grandeza não haja nenhum tipo de exagero.
Aliás, essa queixa de violações sempre vem de países que cotidianamente matam milhões, seja para roubar terras e recursos, seja em guerras com este fim ou mesmo aplicando pena de morte em seus habitantes; ou quando seus cidadãos são atacados por serem da "raça errada". Cuba vive um bloqueio indecente e imoral, que viola os direitos humanos há mais de 60 anos, mas o bloqueio quase não é citado como uma grave agressão à dignidade humana. Lá o povo é unido em sua paixão pela Revolução, e os traidores da pátria cubana não têm mesmo nenhuma simpatia. A morte de muitos desses traidores foi exigência do próprio povo.
As contradições são esperadas quando rupturas ocorrem, mas as pessoas que criticam fatos pontuais numa revolução como a cubana são os mesmos que se chocam com possíveis violações de direitos humanos no 7 de outubro sem se espantar com 76 anos de abusos, torturas, sequestros, assassinatos e opressão que ocorreram contra os palestinos antes da reação violenta que tiveram.
@austra_lopiteco
O Brasil foi marcado em 2020 pelo caso conhecido como “Festa no IML”, uma série de denúncias que envolviam pessoas que abvsavam s3xualmente de cadáveres femininos em Institutos Médicos Legais (IMLs) e em funerárias. Na época maquiadora funerária e tanatopraxista, Nina Maluf foi uma das responsáveis por denunciar vi0lações do corpo feminino após a morte.
Nina explica que começou a ter uma visão diferente do que ocorria dentro da sua profissão ao observar a movimentação estranha de alguns profissionais quando morriam mulheres bonitas e jovens.
“A partir dessas observações, acabei descobrindo grupos de WhatsApp, Telegram e Facebook e tomei a iniciativa de denunciar. Na época, fui demitida e recebi diversas am3aças de m0rte”, conta profissional. A área em que Nina atuava é a tanatopraxia, que consiste em oferecer cuidados póstumos aos corpos dos m0rtos, preparando-os para velórios, funerais e sepultamentos.
Apesar de estar afastada do setor, Nina deixa bem claro que continua recebendo denúncias de materiais criminosos que seguem rodando nas redes sociais.
“E não é algo que só parte dos homens, encontrei inclusive mulheres que vendem esses materiais. Um caso que me chocou foi quando a Marília Mendonça m0rreu. Vi uma grande mobilização do público feminino pedindo para que vazasse fotos das partes íntimas da cantora.”
Nina diz que o próprio segmento funerário está acessível para alimentar pessoas mal intencionadas. Já quem não tem acesso ao cadáver consegue consumir por meio de conteúdos vazados.
“A mesma cadeia da p3dofilia acontece com a n3crofilia. Do mesmo modo que existe o tr4fico, porque há alguém consome, só existem sites e plataformas com conteúdos n3crófilos porque há quem os consuma. Existem muitos conteúdos p0rnográficos que simulam mulheres m0rtas. E, na deepweb, em diversos (sites) elas realmente estão.”
@austra_lopiteco
"Não tem comprovação científica, nem que tem, nem que não tem"
O decreto de expansão da PPP inclui florestas e parques federais.
Aí você vai verificar a gravidade da notícia, pra não compartilhar fakenews e sai mais confuso que entrou:
"Em nota à Lupa, a Ambipar afirmou que “não terá concessão de floresta e nem gestão territorial das áreas definidas no Protocolo de Intenções firmado com o Ministério dos Povos Indígenas” e que não atuará em projetos de comercialização de créditos de carbono nos locais previstos no documento.
A empresa disse que o documento assinado prevê a contribuição com as comunidades indígenas “por meio de sua linha de atuação em gestão ambiental e resposta a emergências, trabalhando em parceria com as comunidades, as quais já têm seus modos de atuação, para desenvolver soluções sustentáveis e alinhadas com suas necessidades e especificidades socioculturais”.
No entanto, em entrevista à CNN no dia 24 de janeiro, uma executiva da empresa havia indicado que o trabalho nas terras indígenas começaria em breve. A head de Carbon Solutions da Ambipar, Soraya Pires, disse que a empresa já havia mapeado ações prioritárias e que pretendia iniciar atividades tão logo fosse possível. “As atividades começam assim que retornarmos para nossas atividades no Brasil. Não esperaremos o plano de trabalho ser concluído, queremos que as atividades já iniciem para que ambas aconteçam em paralelo”.
O Ministério dos Povos Indígenas, que já havia classificado conteúdos publicados sobre a parceria como fake news, ressaltou que a empresa não está autorizada a atuar em territórios indígenas com base no documento e apontou erro grave quanto à área de abrangência da potencial cooperação. “A informação que circula sobre a suposta atuação da empresa em 14% do território brasileiro é equivocada e falaciosa - o número faz referência a estimativas de estudos e pesquisadores sobre a área ocupada pelo total de TIs no país”, informou a pasta.
Apesar do erro apontado pelo ministério, a Ambipar manteve seu dado, em nota à Lupa, de que, nos termos do Protocolo de Intenções, “a iniciativa visa atingir aproximadamente 1 milhão de quilômetros quadrados de territórios indígenas, ou seja, quase 14% do território brasileiro e o equivalente à soma das áreas de França e Inglaterra”.
Posteriormente, a Ambipar informou à Lupa que a empresa não está autorizada a atuar em territórios indígenas com base no documento assinado. “O fato de a Ambipar ter assinado um protocolo de intenções com o Ministério, com o MPI, é um começo de tratativas. (...) Isso não quer dizer que a empresa já pode atuar lá amanhã ou começou a atuar ontem, não é isso. (...) Sendo assim, não tem nenhum tipo de trabalho de Ambipar hoje".
lupa.uol.com.br/jornalismo/202…
David Deccache
"Mais uma denúncia importante.
Em 27 de novembro de 2024, o Deputado Federal Pastor Henrique Vieira divulgou uma fake news cruel contra pessoas com deficiência e idosos em situação de extrema pobreza, que estavam prestes a perder o BPC sem qualquer tipo de fraude. Ele espalhou a mentira de que os atingidos seriam fraudadores. Mentira. E ele sabia que era mentira.
Passamos um ano dentro da assessoria produzindo conteúdo sobre o tema: notas técnicas, artigos, mobilizações, audiências públicas, além do envolvimento de especialistas e das maiores autoridades no assunto. Tudo registrado. Todos os parlamentares sabiam que o BPC de pessoas em miséria estava sob ataque. Estavam avisados. Em vez de defender essas pessoas, Henrique preferiu criminalizar as vítimas.
Para facilitar esse ataque, o governo e a parte mais acrítica de sua base – da qual Henrique faz parte – recorreram à tática clássica da direita: criminalizar os pobres, exatamente como faziam ao atacar o Bolsa Família.
O próprio pastor Henrique admitiu depois que se tratava de um ataque aos pobres – e não de um combate a fraudes, como ele havia divulgado.
Se alguém da direção do partido achar que estou exagerando com esta denúncia, que fique claro: exagero mesmo é ver um deputado do PSOL atacando os pobres. Minha denúncia é legítima e necessária para que isso nunca mais volte a acontecer no partido. E como vou demonstrar, esse não é um caso isolado. Na época, ajudei a desmontar essa farsa, mais um motivo da perseguição que sofri."
@austra_lopiteco
Via Glauber Braga
Hoje, no dia 07 de fevereiro, celebramos o Dia Nacional da Luta dos Povos Indígenas.
No último período vimos um avanço dos ataques aos povos originários, com o aumento de invasões as terras pertencentes aos indígenas, impulsionados pela destruição ambiental que nos coloca num cenário de crise climática.
A demarcação das terras indígenas é fundamental, a preservação de suas culturas e vidas é essencial para nossa sobrevivência como espécie. Segundo o Banco Mundial, 80% da biodiversidade remanescente está conservada dentro de terras indígenas. Em tempos de crise climática, fica cada dia mais urgente a preservação, não podemos continuar no cenário em que estamos, com as populações mais vulneráveis sofrendo os impactos da destruição ambiental.
A data em questão, é um chamado para a luta contra a destruição ambiental e pela preservação da cultura e vida dos povos originários.
A crise climática só será superada ao lado de quem preserva a nossa biodiversidade, vida longa e preservada aos povos indígenas!
Somos vigiados, manipulados e controlados há anos, mas continuamos a pensar que vivemos em liberdade.
Como a CIA criou o Google 👀
A criação do Google desempenhou um papel crucial no esquema da comunidade de inteligência dos EUA para alcançar o domínio global através do controlo da informação.
🌏 COMO COMEÇOU:
🔶 O Pentágono fundou o seu projeto do setor privado, o Highlands Forum, durante a administração Clinton, em 1994, de acordo com o projeto INSURGE INTELLIGENCE.
🔶 Juntamente com os contratantes de defesa, o grupo elaborou uma estratégia para a “guerra centrada na rede”.
🔶 Os ataques terroristas de 11 de Setembro foram aproveitados pelas agências de espionagem dos EUA para justificar não só as invasões militares no mundo muçulmano, mas também a vigilância em massa de populações civis.
🌏 A CIA INTERVEM:
🔶 O programa Massive Digital Data Systems (MDDS) da CIA, que surgiu na década de 1990, foi concebido para melhorar as técnicas de consulta e rastrear as pegadas digitais dos utilizadores.
🔶 Para melhor servir os seus objetivos, em 1999, a CIA criou a sua própria empresa de capital de risco, a In-Q-Tel, para investir em tecnologias potencialmente úteis
🔶 Doutoramento estudantes da Universidade de Stanford, Sergey Brin e Larry Page, estavam a trabalhar precisamente numa start-up tecnológica
🔶 O design do motor de busca e dos algoritmos que acabaram por evoluir para o Google foi financiado por doações da CIA através de um programa que visava melhorar as capacidades de vigilância em massa.
🌏 PRISM:
O denunciante Edward Snowden revelou em 2013 que a NSA tinha acesso direto aos sistemas da Google através do seu programa secreto PRISM, permitindo à agência recolher grandes quantidades de dados sobre cidadãos norte-americanos, aliados de Washington e estrangeiros.
🔶 Os ex-espiões da CIA são empregados em quase todos os departamentos da Google, de acordo com um relatório de 2022 baseado na análise de sites de emprego
🔶 A Google foi alvo de vários processos judiciais decorrentes do seu histórico de utilização indevida de dados e violações de privacidade.
@geopolitics_live
@austra_lopiteco
MATÉRIA DO ESTADÃO SOBRE OS CASOS DE ASSÉDIO CONTRA TRABALHADORES DO PSOL LIDERADOS POR GUILHERME BOULOS.
"Economista diz que foi demitido do PSOL por criticar governo Lula e denuncia assédio; partido nega
Por Eduardo Barretto
O economista David Deccache, demitido da liderança do PSOL na Câmara por decisão de parte da bancada, afirmou nesta quinta-feira, 6, à Coluna do Estadão que sofreu assédio moral no partido e avalia que o deputado Guilherme Boulos esteve por trás de sua exoneração.
Deccache trabalhava na liderança do PSOL na Câmara havia oito anos. Por oito votos a cinco, a bancada decidiu retirá-lo do cargo na quarta-feira, 5.
Ele disse que a iniciativa partiu de Boulos, e afirmou que o deputado se irritou com as críticas dele ao ajuste fiscal do governo Lula. Uma ala do partido – à qual o ex-funcionário se alinha – defende que Lula afrouxe ainda mais o pacote fiscal.
“Os assessores eram pressionados a mudar pareceres sem retirar sua assinatura, para facilitar um consenso na bancada sem o debate de pontos polêmicos. Os assessores se sentiam pressionados e pediam demissão. Eu me mantive, independentemente do assédio. Tivemos casos de licença médica por adoecimento mental na assessoria nos últimos dois anos”, afirmou Deccache.
O economista relatou um diálogo que teria tido com Boulos em 2023, quando o deputado era líder da sigla na Câmara:
“Procurei Boulos para falar das críticas ao projeto do arcabouço fiscal do governo. Ele me interrompeu e disse: ‘David, você vai colocar a orientação de voto sim, e sem destaque’. Eu respondi que não podia fazer isso, porque era um assessor de toda a bancada, fazia meu parecer e depois a bancada discutiria politicamente, como sempre foi. Ele ficou muito chateado e mandou um assessor falar comigo. O assessor me disse: ‘Você prefere se expor com o futuro prefeito de São Paulo ou 13 deputados?’. Esse assédio foi recorrente”.
Procurado, Boulos não comentou.
O economista afirmou ter denunciado os relatos de assédio no mês passado à atual líder do partido na Câmara, Talíria Petrone (RJ), mas sem sucesso (....)
A DEMISSÃO DA ESQUERDA NO PSOL
via Gilberto Maringoni
A bancada do PSOL, composta por 13 membros, demitiu sumariamente um dos mais brilhantes e sérios economistas brasileiros da atualidade. Trata-se de David Deccache, que mescla amplo conhecimento de teoria econômica, infinita paciência para se debruiçar sobre planilhas e documentos oficiais quase impenetráveis e profundo compromisso com os trabalhadores. A votação foi 8 a 5.
Como explicado no texto abaixo, votaram contra a demissão os deputados Chico Alencar, Fernanda Melchionna, Glauber Braga, Luiza Erundina e Sâmia Bomfim. Votaram a favor da demissão: Guilherme Boulos, Luciene Cavalcante, Henrique Vieira, Talíria Petrone, Erika Hilton, Célia Xakriabá, Tarcísio Motta e Ivan Valente.
O PSOL se divide hoje entre uma ala de esquerda, liderada pelos que se opuseram à sumária demissão de Decacche, e um campo governista-liberal, que tem à testa Guilherme Boulos, Ivan Valente e Tarcísio Motta, entre outros.
David foi riscado da assessoria da bancada numa sessão secreta à qual ele não teve possibilidade de defesa. Lamentável destino de um partido que chegou a se colocar como uma alternativa à esquerda no país.
NÃO À PERSEGUIÇÃO NA BANCADA PARLAMENTAR DO PSOL
David Deccache, assessor econômico da bancada do PSOL na Câmara dos Deputados, é demitido sem direito a defesa por suas opiniões críticas à política econômica do governo
Editorial Revista Movimento
Hoje algo muito grave aconteceu: foi demitido da assessoria parlamentar do PSOL na Câmara dos Deputados o companheiro David Deccache, um dos mais importantes economistas marxistas do Brasil. A maioria da bancada do PSOL decidiu por 8 votos a 5 a demissão por divergências políticas. Votaram contra a demissão os deputados Chico Alencar, Fernanda Melchionna, Glauber Braga, Luiza Erundina e Sâmia Bomfim. Votaram a favor da demissão: Guilherme Boulos, Luciene Cavalcante, Henrique Vieira, Talíria Petrone, Erika Hilton, Célia Xakriabá, Tarcísio Motta e Ivan Valente.
Prestamos nossa solidariedade ao companheiro David. Registra-se que se trata de uma demissão de um assessor altamente qualificado e referência no debate econômico, reconhecido publicamente por sua atuação em diversos meios progressistas e também pela mídia tradicional. Sendo procurado como fonte de veículos como Brasil de Fato, TV Fórum, Estadão, Folha de S. Paulo, Intercept Brasil, Outras Palavras, entre outros, consolidando-se como uma voz importante no cenário político e econômico.
Cabe registrar que a bancada, assim como o partido, tem como base de funcionamento a proporcionalidade e o direito à minoria, como previsto em estatuto. Esses princípios estão sendo violados com essa demissão e com o veto a que o campo de esquerda do partido ocupe a liderança por um ano, conforme nosso direito.
A situação torna-se ainda mais grave pelo fato de a demissão ter ocorrido sem que o companheiro tivesse direito à defesa. Além disso, ela se deu após David ter sido alvo de perseguição e exposição no ambiente de trabalho, tendo ele próprio trazido o tema à tona publicamente. Em vez de seguir procedimentos internos adequados, o denunciante foi penalizado, reproduzindo uma prática comum no mundo do trabalho que o PSOL sempre buscou combater.
Esse episódio não é isolado. Reflete a política do setor majoritário do partido, dirigido por Guilherme Boulos, que combina adesão ao governismo com autoritarismo. A demissão tem como pano de fundo o posicionamento firme da minoria contra a retirada de direitos, como o arcabouço fiscal e o pacote de cortes de gastos, defendendo uma política de combate à extrema direita com independência política.
É uma vitória gigantesca no Pará. Movimentos populares, quilombolas e servidores, liderados pelo movimento indígena arrancaram do governo compromisso de revogação da lei que acaba com o ensino presencial para indígenas e revisão do estatuto do magistério. A luta até a queda do secretário de educação, ex-MEC do Temer.
Aperta que os fdp peida!!!
Em 5 de janeiro de 2025, após 23 dias de ocupação e intensa mobilização, o governador do Pará, Helder Barbalho, assinou um Termo de Compromisso com representantes indígenas, quilombolas, ribeirinhos e trabalhadores da educação. O acordo prevê a revogação da Lei 10.820/2024, a criação de um Grupo de Trabalho para discutir o Estatuto do Magistério e garante que não haverá penalidades aos servidores que participaram das paralisações. A mobilização continua até que o compromisso seja efetivado e a lei seja oficialmente revogada.
A Lei 10.820/2024, aprovada em dezembro de 2024, altera a carreira do magistério no estado e abre caminho para a substituição do ensino presencial por educação a distância em escolas de áreas remotas, como comunidades quilombolas e terras indígenas. Os manifestantes temem que essa mudança enfraqueça a educação no campo, indígena e quilombola, e afete negativamente a qualidade do ensino nessas comunidades.
Durante as negociações, o governador Helder Barbalho reafirmou o compromisso com o diálogo e destacou que a maioria das lideranças indígenas já havia aceitado o acordo proposto pelo governo. No entanto, alguns grupos permaneceram na ocupação, exigindo a revogação total da lei e a saída do secretário de Educação, Rossieli Soares.
A ocupação da sede da Secretaria de Educação do Estado (Seduc) em Belém já dura 23 dias, e a mobilização segue firme até que todas as demandas sejam atendidas e o compromisso seja efetivado.
@austra_lopiteco@ursal_zone
IMPLOROU, MAS NÃO DEU
Na imagem, Fábio Escobar, ex-coordenador de campanha do ruralista Ronaldo Caiado ao governo de Goiás, implora por sua vida.
Não adiantou. Ele foi assassinado em junho de 2023. Por PMs disfarçados - membros daquela que Caiado chama de "a minha polícia".
Escobar tinha denunciado formação de Caixa Dois e desvio de dinheiro público na campanha de 2018, que elegeu o ruralista governador (ele foi reeleito em 2022). Segundo a Polícia Civil, o assessor foi assassinado por isso.
Para ocultar o crime, os PMs ainda executaram sete pessoas. Uma delas, Bruna Vitória, estava grávida de sete meses.
Dez policiais foram presos. Acusados de mando, dois políticos também, mas já estão soltos. Um deles, Cacai Toledo, era presidente do DEM de Goiás. Outro, Jorge Caiado, é primo do governador.
Segundo o pai de Escobar, a mensagem da foto foi lida pelo governador, que digitou alguma coisa, mas não mandou resposta. Caiado, natural de Anápolis, não é réu do processo. Sua mulher e sua filha também não. Mas todos são mencionados no processo. O resto é para ver se a Velhinha de Taubaté acredita.
A família de Escobar pede a federalização do caso. Não confia, óbvio, nas instâncias criminais goianas.
Ronaldo Caiado, do União, é apoiador, você sabe, do Bozo. Foi candidato a presidente em 1989 e sonha ser o candidato do bozismo em 2026. É um símbolo nacional do agronegócio e de suas pautas: armamento civil, combate aos direitos humanos, apoio à grilagem.
Para o #QuartaCapa de hoje, sobre livros acadêmicos, vou deixar um livro que foi essencial para minha tese de conclusão de curso:
Sub-humanos: o capitalismo e a metamorfose da escravidão. de Tiago Muniz Cavalcanti.
Vou deixar a sinopse, um debate de lançamento do livro com o autor.
youtube.com/watch?v=rvdkH-P3IW…
E este podcast pra que possam conhecer essa obra sensacional
open.spotify.com/episode/1E1Q8…
Sinopse: "Escravidão, servidão e outras formas de trabalho compulsório são parte da história de sociedades antigas e pré-modernas. Mas como explicar a permanência desse tipo de opressão e violência na contemporaneidade? Nesta obra, o procurador do trabalho Tiago Cavalcanti faz uma impactante reflexão sobre as várias faces da exploração do trabalho em diferentes conformações sociais, com destaque para a sociedade capitalista atual. Indo além da análise jurídica, o livro propõe um olhar crítico à trajetória histórica do trabalho humano e busca alternativas que possibilitem uma vida digna e realmente livre para todos.
Na primeira das três seções que compõem a obra, Cavalcanti examina a ausência de liberdade e a negação da humanidade nas sociedades pré-capitalistas. A segunda seção se dedica à análise da exploração do trabalho nas sociedades contemporâneas. Aqui, o autor empreende uma classificação da classe trabalhadora em duas categorias, os semilivres e os sub-humanos, de acordo com os níveis de liberdade e humanidade presentes nas relações de trabalho atuais, investigando as metamorfoses que conferiram um novo feitio social às escravidões de outrora.
Na terceira seção, a reflexão aponta para o futuro. Sem a pretensão de propor soluções fechadas e milagrosas, a obra abre uma janela para a criação de um amanhã de liberdade e humanidade e a garantia de uma existência digna para a toda a comunidade global."
O livro é a tese de doutorado de
Tiago Muniz Cavalcanti em direito pela Universidade Federal de Pernambuco. O autor tem período de pesquisa no Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, e mestre em direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. É membro da Academia Pernambucana de Direito do Trabalho e especialista em direito e processo do trabalho. É procurador do Ministério Público do Trabalho e foi chefe da Coordenadoria Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo (Conaete-MPT).
@austra_lopiteco
em 20 parágrafos do tamanho de um tweet
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"CHOCANTE E ILEGAL
1) Houve um clamor contra as atividades chocantes e ilegais da CIA no exterior na segunda metade da década de 1970. As comissões de investigação dos Estados Unidos balançaram os dedos em sinal de desaprovação, e foi prometida uma reforma geral.
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2) Mas, em vez de interromper as operações secretas, os EUA realizaram uma série de reuniões no início da década de 1980 que concluíram que deveriam continuar com um nome mais bonito. Assim, o National Endowment for Democracy nasceu em 18 de novembro de 1983, em Washington DC.
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3) O público norte-americano e o mundo em geral foram informados de que o NED foi criado para "apoiar instituições democráticas em todo o mundo por meio de esforços privados e não governamentais". Isso era enganoso: a organização era e é financiada pelo governo dos EUA.
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PRIMEIRA PARADA, MANILA
4) Um dos primeiros alvos da NED foram as Filipinas. Quando os grupos socialistas estavam se tornando populares e problemáticos em meados da década de 1980, a NED usou técnicas clássicas da CIA para direcionar fundos para organizações privadas e para a mídia a fim de alterar artificialmente os resultados políticos.
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5) Na época, os jornalistas tinham permissão para publicar que a NED era um esquema da CIA. A famosa citação de Allen Weinstein ("Muito do que fazemos hoje foi feito secretamente há 25 anos pela CIA") na verdade veio de uma entrevista de 1991, após cerca de oito anos de operações de interferência política do NED.
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6) A NED ficou maior e mais ativa. O historiador da inteligência William Blum relatou: "A NED manipulou com sucesso as eleições na Nicarágua em 1990 e na Mongólia em 1996 e ajudou a derrubar governos democraticamente eleitos na Bulgária em 1990 e na Albânia em 1991 e 1992".
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7) A ilegalidade no estilo da CIA era muitas vezes chocante. Por exemplo, a NED entregou US$ 250.000 a um grupo anti-Castro de Miami que, por sua vez, financiou um terrorista cubano chamado Luis Posada Carriles, que estava envolvido em grupos que bombardearam hotéis em Havana e explodiram um avião.
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O LONGO JOGO NA CHINA
8.) Em 1994, a NED começou a criar e/ou financiar organizações "pró-democracia" em Hong Kong, com o objetivo de envenenar as mentes da população local contra a China continental, que retomaria a soberania sobre a cidade apenas três anos depois.
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9) Também em 1994, a NED decidiu usar outro antigo grupo de fachada da CIA, o American Institute for Free Labor Development. Essa era uma unidade que soava bem e que poderia ser usada para subverter sindicatos genuínos.
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10) A NED começou a enviar grandes somas de dinheiro regularmente para um novo grupo, a Confederação de Sindicatos de Hong Kong. Mas a cidade já tinha uma Federação de Sindicatos. A mídia foi informada de que a antiga organização sindical era "política" e deveria ser rotulada como "pró-Pequim".
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11) Mas o oposto era verdadeiro. O antigo grupo sindical concentrava-se nos direitos dos trabalhadores e na negociação coletiva, enquanto o grupo aliado dos EUA, de acordo com a documentação do NED, era financiado para atuar como "um ponto de encontro para o movimento pró-democracia".
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ENTRE NOS UIGURES
12) A NED trabalhou em nível mundial. "No Haiti, no final da década de 1990, a NED estava ocupada trabalhando em nome de grupos de direita que estavam unidos em sua oposição ao ex-presidente Jean-Bertrand Aristide e sua ideologia progressista", escreveu William Blum.
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13) Desde pelo menos 2004, a NED iniciou um programa de entrega de milhões de dólares a insurgentes uigures, apesar de eles serem classificados como terroristas. Esses uigures cometeram uma série de ataques terroristas violentos na China entre 2009 e 2014, que mataram aleatoriamente dezenas de pessoas inocentes.
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14) Quando a China agiu contra os terroristas para treiná-los novamente para que se integrassem à sociedade, os "grupos de direitos uigures" financiados pela NED (na verdade, sediados em Washington DC ou em qualquer outro lugar no Ocidente) acusaram os chineses de construir "campos de concentração" para "milhões" de inocentes.
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15) As operações de interferência política da NED continuaram em todo o mundo. A partir de 2013, a NED e a USAID forneceram dezenas de milhões de dólares à oposição na Bolívia para tentar instalar um líder fantoche favorável aos EUA.
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LANÇAMENTO DA OPERAÇÃO DE HONG KONG
16) Em 2018, Hong Kong obedeceu a uma recomendação do G-7 para introduzir uma emenda de extradição. Os agentes dos EUA usaram esse fato como seu "ponto de inflamação" oficial para lançar uma campanha de desinformação para pintar isso como uma iniciativa de Pequim para capturar dissidentes para serem "desaparecidos" pela fronteira.
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17) O resultado foi uma insurgência violenta em Hong Kong que durou mais de cinco meses em 2019, com danos de bilhões de dólares a prédios do governo, à rede de transporte público e a universidades.
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APAGÃO DE NOTÍCIAS
18) A NED realizou uma operação de interferência política maciça na Moldávia em 2024, que foi divulgada na mídia como "intromissão russa". Exatamente a mesma coisa aconteceu na Geórgia e na Romênia - e foi igualmente mal caracterizada.
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19) Bizarramente, a grande mídia ocidental agora mantém um apagão quase completo de notícias sobre as operações do NED em todo o mundo, e quase todos os históricos de financiamento no site do NED foram removidos do acesso público.
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20) O fechamento do site da USAID em janeiro de 2025 deu às pessoas em todo o mundo a esperança de que os EUA poderiam parar com as operações de interferência política no exterior. Mas alguns de nós observam que foi exatamente isso que eles disseram no final da década de 1970, quando essa história começou.
via Nury Vittachi
@austra_lopiteco
Zelensky é o presidente Kleenex, o império enrolou, usou, sujou de merda e agora joga fora na Oliveira da história....
"DESVIOS SEM FIM: O ESCÂNDALO DOS BILHÕES DESAPARECIDOS
Em meio a tensões geopolíticas, o ucraniano Volodymyr Zelensky foi confrontado por autoridades de Washington sobre o desaparecimento de mais de 100 bilhões de dólares em ajuda militar enviada pelos Estados Unidos à Ucrânia. Zelensky afirmou, de forma surpreendente, que desconhece o paradeiro desse montante, alegando que apenas 75 bilhões de dólares foram efetivamente repassados a Kiev. Diante das suspeitas, o governo estadunidense decidiu suspender toda a assistência financeira até que uma investigação detalhada esclareça para onde foi destinado o dinheiro.
Enquanto isso, surgem relatos de que o presidente Donald Trump teria proposto manter o apoio militar à Ucrânia, mas sob uma condição polêmica: a entrega de minerais raros como contrapartida. A proposta, ainda não confirmada oficialmente, escancara os debates sobre os interesses estratégicos por trás da ajuda internacional.
O escândalo, no entanto, vai além. Quando somados os repasses da União Europeia, o valor desviado ultrapassa a marca de 400 bilhões de dólares. Esse dinheiro, proveniente dos contribuintes dos EUA e europeus, teria sido desviado para contas secretas, bolsos de políticos ucranianos e empresários estadunidenses, em um esquema que envolve múltiplos países e atores.
Um dos maiores temores da administração Biden era justamente a possibilidade de um governo Trump realizar uma auditoria minuciosa dos gastos na Ucrânia. Para os democratas, a perda das eleições poderia significar a exposição de um esquema de corrupção em larga escala, com impactos políticos e diplomáticos incalculáveis.
Agora, a grande incógnita é se os novos atores envolvidos nesse jogo de poder estarão dispostos a perdoar – ou silenciar – aqueles que já se beneficiaram do esquema. Enquanto isso, os contribuintes continuam a pagar a conta de um dos maiores escândalos de desvio de recursos da história recente."
via Daniel Spirin Reynolds
Obrigado..... Trump?
Galera vai espernear, mas sempre foi um "grupo de criminosos"
via Daniel Aspirin Reynaldo
EUA FECHA USAID E A CLASSIFICA COMO “GRUPO DE CRIMINOSOS"
O governo dos Estados Unidos anunciou a decisão de fechar a USAID (Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional) definitivamente, classificando a agência como um “grupo de criminosos”. A USAID, que deveria supervisionar programas humanitários e de desenvolvimento no exterior, é conhecida pela esquerda combativa como um grupo que de atua na desestabilização de países e governos ao redor do mundo.
Historicamente, a agência teve papel decisivo em eventos como o Maidan na Ucrânia, onde grupos neonazistas tomaram o poder em 2014. Entre 1995 e 2002, os EUA investiram mais de US$ 23 milhões, em média, apenas na assistência à mídia de oposição para derrubar Slobodan Milosevic, totalizando mais de US$ 100 milhões em esforços para sua deposição, com forte envolvimento do investidor George Soros.
Além disso, a USAID tem um “braço” formado por ONGs que atuam ativamente no apoio a certos grupos opositores em diversos países. Enquanto na Espanha esse apoio é feito através do ministério do exterior, nos EUA, organizações como o National Endowment for Democracy (NED), a Freedom House e o International Republican Institute, ligados ao partido republicano, recebem substanciais financiamentos da USAID. Essa agência, por sua vez, já capitaneou movimentos golpistas na América Latina desde os anos 60, incluindo no Brasil.
Na Bolívia, documentos obtidos pelo jornalista Jeremy Bigwood revelaram que a USAID manteve um “Escritório para Iniciativas de Transição”, que investiu US$ 97 milhões em projetos de “descentralização” e “autonomias regionais” desde 2002, fortalecendo governos estaduais opositores ao então presidente Evo Morales. Um PowerPoint vazado pelo WikiLeaks mostrou que a USAID colaborava com o IRI e a Freedom House, que também recebem vultuosos financiamentos da agência.
Recentemente, foram divulgados os fundos históricos da USAID destinados à subversão em Cuba, totalizando 197.270.000 dólares entre 2001 e 2008, conforme reportado por Tracey Eaton em seu blog "Along the Malecon". Um texto assinado por Bolívia, Cuba, Equador, Dominica, Nicarágua e Venezuela denunciou as ações de “ingerência aberta” da USAID, que financia grupos e projetos voltados para desestabilizar governos legítimos que não se alinham aos interesses de Washington.
Evo Morales, em um ato público no Dia Internacional dos Trabalhadores, anunciou a expulsão da USAID da Bolívia, alegando que a agência conspirava contra seu governo. O mandatário boliviano justificou a decisão como uma questão de soberania e segurança do Estado, ressaltando as experiências negativas que a USAID teve em outros países da região, onde houve clara intervenção e desestabilização.
Em que pesem todas as más intenções do atual presidente dos EUA, fato é que a decisão de fechar de uma vez por todas essa obscura agência só poderá beneficiar os povos de todos os países.